Fé e arqueologia: roteirista explica novo formato de novela da Record
Dividida em temporadas e poucos episódios, Reis estreia nesta terça (22) com trama bíblica e roteiro assinado por Marcos Ferraz
“Trabalhamos com a fé”, resume Marcos Ferraz, o roteirista de Reis, novela que estreia nesta terça (22) na Record, às 21h. Dividido em temporadas e poucos episódios, o novo formato escolhido pela emissora deverá competir com a regravação de Pantanal, prestes a estrear na Globo, mas mantém a mistura de histórias ficcionais inéditas com trechos retirados da Bíblia. “É como uma novela de época, com romance, aventura e conflitos, mas antes de escrevê-la temos uma longa pesquisa de arqueologia e religião.”
No processo criativo do roteirista, humor e drama se misturam para fisgar o público. “Acho esse toque importante porque traz humanidade para essas histórias, que são sempre muito sérias e grandiosas.”
Mesmo com a onda de anti-heróis que têm surgido nas novelas e nos filmes nos últimos anos, Marcos ainda prefere investir nos antagonistas clássicos. “O sucesso dos vilões é uma questão do nosso tempo, algo que começou há uns 20 anos. Em Reis, eles são espertos e cruéis, mas também têm camadas e motivos para se tornarem os vilões”, antecipa. “As histórias são aspiracionais e criei personagens principais com alguns defeitos, porque existe esse mito de que na religião eles são sempre pessoas corretas, sem erros.”
A primeira temporada, batizada de A Decepção, conta a infância do profeta Samuel, e tem José Rubens Chachá, Duda Nagle e Silvia Pfeiffer no elenco. Raphaela Castro é a autora titular, com direção-geral de Juan Pablo Pires.
A superprodução vai retratar a transição da forma de governo de Israel, antes comandado por juízes e mais tarde pela monarquia.
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