Netflix processa concorrente pelo uso da cor vermelha e da palavra ‘flix’
"Perceberam que criamos uma nova maneira de contar histórias", argumenta o paulista Alan Cruz, fundador do aplicativo Chatflix
Um serviço de streaming criado por um paulista chamou a atenção da gigante Netflix — e isso não foi necessariamente bom. Um processo recente contra o Chatflix, de Alan Cruz, reclama o uso de dois elementos do aplicativo no Brasil: a cor vermelha, do logotipo, e o sufixo “flix”.
“No país de origem, os Estados Unidos, eles não se atrevem a fazer isso”, diz o advogado de Cruz, Nacir Sales. “Nem o próprio arco-íris é dono da cor.” Criado em 2017, o Chatflix é um app dedicado a seriados em formato de bate-papos com roteiros fictícios. “Perceberam que criamos uma nova forma de contar histórias”, acredita Cruz, que hoje vive na Califórnia.
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O texto da defesa ironiza o teor do processo com um exemplo: “Verbos, sufixos e prefixos são patrimônio da humanidade. Se não fosse assim, a fabricante de uísque Johnnie Walker cobraria royalties de cada ‘caminhante’ que atravessa a rua andando”. Em nota, a Netflix afirma que entrou com processo administrativo no Instituto Nacional da Propriedade Industrial. “Nós nos preocupamos com nossos assinantes e não queremos que se confundam ou sejam induzidos a pensar que serviços como esse têm relação com a Netflix”, completa a nota.
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Publicado em VEJA São Paulo de 3 de março de 2021, edição nº 2727