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De Itaquera, jovem celebra formatura na faculdade número um do Japão

Paulistana nascida na Zona Leste viralizou ao compartilhar fotos com roupa típica na cerimônia de mestrado em Sendai, nordeste do país

Por Humberto Abdo
Atualizado em 19 jul 2021, 15h01 - Publicado em 2 abr 2021, 06h00
A professora Marina Melo veste quimono roxo e rosa, segura caderno com escritos em japonês e sorri para foto em celebração de formatura de mestrado.
“De Itaquera para a atual universidade número 1 do Japão!”, comemora a professora, que vive na cidade de Sendai desde 2018. (Twitter/Reprodução)
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“Quem é essa gente toda aqui?”, diverte-se Marina de Melo do Nascimento, 29, surpresa ao ver sua história viralizar no Twitter. Mais de 80 000 usuários da rede curtiram as fotos da paulistana celebrando sua formatura de mestrado na Universidade Tohoku. “De Itaquera para a atual universidade número 1 do Japão!”, come- mora a professora, que vive na ci- dade de Sendai desde 2018. Filha única, herdou da mãe o interesse pela cultura japonesa e quis estu- dar o idioma quando ainda estava no ensino médio. “Procurei um curso no bairro e o professor falou que não tinha necessidade, que eu não ia usar para nada”, relem- bra. Após ingressar em letras na USP, passou por um intercâmbio de um ano no Japão. “Antes de ir, juntei todo o salário ao trabalhar exibindo filmes para moradores de rua embaixo de um viaduto. Não sabia nem fazer arroz direito e chorei muito na primeira semana porque não entendia nada do que falavam.” Na faculdade brasileira, conheceu seu marido. “Casei no- vinha para dividir o aluguel… Des- culpa, marido, o aluguel em SP era muito caro!”, brinca. Quando o parceiro conquistou uma bolsa no Japão, Marina se mudou pouco depois. “Prestei a prova de mes- trado, tudo em japonês, e estudo feminismo desde então.” Com o custo de vida alto do país, man- tém três empregos. “Trabalho com crianças brasileiras imigran- tes, sou assistente de biblioteca e dou aulas de inglês em cursinho para vestibular. Este ano estou muito feliz porque todos os meus alunos passaram, senão seria aquele chororô na escola”, conta. “É um sacrifício, e meu marido ar- ca com muita coisa da casa. Vive- mos em uma região na montanha que só tem velhinhos, por isso é mais barato… E bem silencioso!”

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Publicado em VEJA São Paulo de 7 de abril de 2021, edição nº 2732

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