Festa Treta causa aglomeração em Pinheiros e é criticada nas redes sociais
Balada reuniu convidados sem máscaras e grupos sem distanciamento no Open Bar Club; evento prometia seguir "todos os protocolos de segurança"
Criada no Rio de Janeiro, a Festa Treta causou revolta nas redes sociais ao compartilhar vídeos de uma nova edição organizada no último domingo (18), em São Paulo. No Open Bar Club, em Pinheiros, frequentadores geraram aglomerações no interior da casa e alguns chegaram a retirar as máscaras, segundo o proprietário.
“Vão postar também as pessoas que pegaram Covid nessa aglomeração promovida aí?”, questionava nas postagens um dos comentários. O seguidor foi bloqueado pela festa logo em seguida.
Promovida por Guilherme Acrízio e Thiago Araújo, a balada prometia retornar em “formato bar” com todos os protocolos de segurança recomendados pelas autoridades.
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Mas um vídeo compartilhado pelo Twitter desmentiu a afirmação ao exibir vários grupos próximos e sem máscaras protetoras na pista de dança.
E a balada TRETA que está acontecendo neste momento em Pinheiros (SP), está lotada e está sendo divulgada no próprio Instagram deles? Pode, @brunocovas e @jdoriajr? https://t.co/29ONxIhmQL pic.twitter.com/lWqPIivqwl
— Thiago Amparo (@thiamparo) October 19, 2020
Em nota, o proprietário do Open Bar Club afirma que seguiu “todas as regras referentes ao distanciamento social da Organização Mundial de Saúde”. O local reforça que distribuiu álcool em gel e o público usava máscaras de proteção. “O evento aconteceu no último domingo, das 16h as 22h, e de forma alguma tratava-se de um evento clandestino, como está sendo comentado na mídia e redes sociais. Infelizmente, na euforia de rever amigos, alguns clientes tiraram as máscaras e chegaram a gravar stories, o que motivou esse tipo de comentário.”
Após ser comunicado pela prefeitura, o proprietário alega que o estabelecimento encerrou o evento antes do horário.
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Também em nota, a prefeitura informou que “o estabelecimento está com processo de revalidação do alvará ainda em análise, portanto não possui licença de funcionamento. O local será autuado e interditado por descumprir as determinações da legislação vigente, excedendo o percentual permitido para ocupação, descumprindo o distanciamento e ausência de licença. Poderá voltar a funcionar após solicitar a desinterdição na subprefeitura, mediante apresentação da licença de funcionamento e pagamento da multa.” De acordo com a prefeitura, o valor da multa é de R$ 9 231,65.
Na página oficial da festa carioca, a descrição antecipava uma nova edição de novembro em Campinas (que foi cancelada), e outra para as celebrações do réveillon no Rio de Janeiro.