Barakat, o oftalmologista que virou nutrólogo: réu em ação no Cremesp (Foto: Mario Rodrigues)
No começo deste ano, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) abriu processos ético-disciplinares contra três especialistas da capital. Eles podem resultar na cassação dos diplomas, pena máxima em caso de condenação. O trabalho é a evolução de uma sindicância aberta no órgão depois da publicação da reportagem “Os médicos que receitam bombas”, de VEJA SÃO PAULO, no fim de 2013. A revista denunciou a prescrição a pacientes interessados em incrementar a forma física rapidamente de anabolizantes e hormônios sintetizados em laboratório, atitude reprovada pelo Conselho Federal de Medicina.
+ Os médicos que receitam bombas
No papel de paciente, sem se identificar como jornalista, um repórter de Vejinha percorreu endereços como o mantido por Mohamad Barakat na Avenida Brasil. Ex-oftalmologista que passou a atuar como nutrólogo, ele indicou, na ocasião, depois de cerca de trinta minutos de consulta, quatro medicamentos do gênero, incluindo o GH, o hormônio do crescimento, que poderia ser aplicado no próprio lugar por uma enfermeira. Um atendimento no local custa hoje 1 500 reais (com exames) e há espaço na agenda apenas para agosto.
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