Andrea Matarazzo deixa o PSDB e não descarta se filiar a outro partido: “Para mim, chega de oportunistas”
Um dos principais nomes tucanos de São Paulo, Andrea Matarazzo deixou hoje o PSDB. Sua saída foi motivada por brigas internas em torno do candidato que será escolhido para disputar as eleições para a prefeitura. A rusga se dava entre ele e João Doria Jr., este com apoio do governador Geraldo Alckmin. A saída de Matarazzo não […]
Um dos principais nomes tucanos de São Paulo, Andrea Matarazzo deixou hoje o PSDB. Sua saída foi motivada por brigas internas em torno do candidato que será escolhido para disputar as eleições para a prefeitura. A rusga se dava entre ele e João Doria Jr., este com apoio do governador Geraldo Alckmin. A saída de Matarazzo não é casual: ela marca um racha no partido (Alckmin de um lado, José Serra e Aécio Neves de outro). O político tem até o dia 2 de abril para se filiar a outra legenda, caso dê continuidade ao plano de disputar as eleições municipais. O mais provável é que seja acolhido pelo PSD, partido de Gilberto Kassab. Leia entrevista:
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A que se deve a decisão de se desfiliar do PSDB?
Estava no partido há 25 anos. Foi uma decisão difícil, mas inevitável. Fiquei encantado pelo projeto de Franco Montoro e Mário Covas, então entrei na legenda. Nela, trabalhei e atuei em diversas frentes, como secretário estadual, ministro de Fernando Henrique Cardoso, embaixador…. Na administração de José Serra como prefeito, me encantei pela cidade. Fui secretário das Subprefeituras, depois me elegi vereador. Tudo para me preparar para disputar a prefeitura. Mas as coisas ficaram ruins.
O que ocorreu nas prévias para a escolha do candidato do partido?
Tudo que criticamos no âmbito nacional foi feito por aqui: publicidade ilegal, abuso de poder, transporte de pessoas. Não existe dois pesos, duas medidas. O PSDB não pode fazer aqui o que o PT fez com o país.
Qual foi o estopim para sua saída?
Ontem, o governador (Geraldo Alckmin) pediu para a diretoria estadual intervir na municipal. Com isso, não seria possível julgar o pedido de anulação da inscrição da candidatura do outro (João Doria Jr., acusado por Matarazzo de compra de votos) por abuso de poder. Eu estava querendo disputar a prefeitura, mas acredito que precisamos discutir a cidade, os problemas locais, os interesses dos paulistanos. O que o governador faz é de olho na eleição presidencial. Ele não pensa no município, mas em um projeto pessoal. Para mim, chega de oportunistas.
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O senhor pretende se filiar a outra legenda para disputar a prefeitura?
Tenho até o dia 2 de abril para me filiar a outro parido. Hoje, não sei responder. Política é paixão. Se eu não sentir viabilidade e convicção, não me filio. Mas é meu sonho ser prefeito, sem dúvida nenhuma.