Quem faz reposição hormonal corre o risco de ter câncer?
Bárbara Murayama, ginecologista e coordenadora da Clínica da Mulher do Hospital 9 de Julho, responde
Muitas mulheres recorrem à reposição hormonal para aliviar sintomas da menopausa, como calor em excesso, atrofia vaginal, insônia e alterações de humor. No entanto, é preciso ficar atenta: em algumas pessoas, a inclusão de hormônios no organismo pode favorecer o surgimento de doenças cardiovasculares e até câncer de mama ou no endométrio.
“Há pacientes com alto risco de desenvolver esses males. Por isso, o acompanhamento médico é imprescindível”, alerta a médica Bárbara Murayama, do Hospital 9 de Julho. “É preciso avaliar, individualmente, o tipo de hormônio e dosagem a ser aplicada, que pode ser via oral, gel para pele, creme vaginal, associações com DIU medicado, entre outros.”
No caso de mulheres com alto risco de desenvolver doenças relacionadas à terapia hormonal, o tratamento é contraindicado.
“A primeira recomendação é que a paciente procure um ginecologista para avaliar seu real risco”, aconselha Bárbara. Os sintomas da menopausa são mais intensos nos dois primeiros anos. “Nesse período, para a maioria das mulheres, os efeitos colaterais costumam ser baixos e o benefício pode ser maior”, completa.