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Perdi a carteirinha de vacinação. O que devo fazer?

A média infectologista Rosana Richtmann, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, explica como agir em caso de perda do documento

Por Alice Padilha
6 ago 2019, 12h21
Prevenção da doenças como sarampo é feita por meio de vacina
Prevenção da doenças como sarampo é feita por meio de vacina (Reprodução/Veja SP)
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No último mês, um surto de sarampo preocupou os paulistanos. Segundo levantamento publicado no último dia 31 pela Secretaria de Estado da Saúde, são pelo menos 484 casos registrados na capital. Por causa do avanço expressivo no número de casos – em comparação aos 32 computados até 17 de junho – a campanha de vacinação foi prorrogada até 16 de agosto. A orientação geral é que todos que não tenham registro da vacina em suas carteirinhas devem ser vacinados, com atenção especial para o público-alvo, entre 15 e 29 anos. Mas o que fazer se você perdeu o documento?

“Se você acredita ter sido imunizado na rede privada, deve retornar à clínica em que normalmente é vacinado. Ela terá uma cópia digital de todas as vacinas aplicadas no endereço e será possível retirar uma segunda via do documento. O mesmo não vale para a rede pública, que ainda está em processo de informatização. Sendo assim, é praticamente impossível recuperar o histórico de vacinas aplicadas lá”, explica a médica infectologista Rosana Richtmann, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas.

Na dúvida, a solução mais prática é se imunizar novamente. Segundo ela, não há reação por tomar uma vacina “repetida”. Na verdade, o efeito é inverso: no caso de vacinas com vírus atenuado, como as de febre amarela e sarampo, as chances de alguma reação são menores. Isso porque o seu organismo já foi exposto àquela doença previamente e desenvolveu anticorpos para combater possíveis complicações. Mas atenção: tomar vacinas várias vezes não “aumenta” a capacidade do organismo de se proteger da doença – na prática, não há nenhuma diferença nesse quesito.

A única ressalva fica para o custo de algumas vacinas na rede privada e a disponibilidade do medicamento. No caso da hepatite A e B, sarampo, rubéola, caxumba, febre amarela, dengue e herpes zóster, um rápido exame de sangue resolve o problema: chamado de exame sorológico, ele comprova se há ou não anticorpos para aquela doença no organismo.

Dá para tomar a vacina mesmo sem a carteirinha?

De acordo com Rosana, sim. “Uma coisa importante é não perder a oportunidade de imunização. Não é a falta de um documento que vai impedir o médico de proteger aquela pessoa – que talvez não vá ter oportunidade de voltar ao consultório. Nesses casos, podemos fazer um documento provisório.”

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Além disso, é possível fazer uma nova carteirinha de vacinação do zero mesmo sendo adulto. Mas, como vacinas são direcionadas para diferentes faixas etárias, ela normalmente é bem menor do que a de uma criança, pois segue um calendário vacinal diferente. Você tem acesso a todos os calendários, divididos por idade, aqui.

Para evitar a confusão, a indicação da médica é que o paciente sempre tire fotos da carteirinha de vacinação e as guarde em algum lugar de fácil acesso. Dessa forma, mesmo com a perda do documento, será mais fácil recuperar o seu histórico de imunização.

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