#SPSonha: as lições que a capital poderia aprender com Seul
O frenesi arquitetônico colocou a capital do tigre asiático no mapa turístico mais sofisticado
O projeto de uma “Little Seul” que o ex-prefeito João Doria faria no Bom Retiro jamais saiu do papel, mas bem que São Paulo poderia se inspirar no frenesi arquitetônico que colocou a capital do tigre asiático no mapa turístico mais sofisticado. A metrópole reconstruída às pressas nos anos 1960 e 70 anda irreconhecível. Após ter sido erguida uma nova arena para a Copa do Mundo em 2002, um antigo estádio, pouco usado, foi demolido.
Em seu lugar nasceu um enorme centro dedicado ao design, projetado por Zaha Hadid, com museu, shopping, oficinas e cursos (melhor ainda: a nave modernosa está no Bom Retiro deles, área de moda tradicional que tem muito a ganhar com os vizinhos criativos). Já a Universidade das Mulheres Flor de Pera (Ewha, em coreano) quis que seu novo prédio não destoasse do bairro de casinhas e do bosque que havia ali. O arquiteto Dominique Perrault decidiu escavar um cânion e construir uma torre horizontal subterrânea. Nessa colina feita por humanos, as salas de aula são banhadas em luz natural.