Outro prédio em ruínas no centro de São Paulo é a antiga sede do Banco das Nações, no Parque Dom Pedro II. Uma venda de frutas subsiste no térreo. O edifício art-déco foi construído durante a Segunda Guerra Mundial. Era a sede dos múltiplos negócios de Paulo Abreu (1912-1991), um dos maiores empreendedores da cidade no século passado. Criado em Limeira, foi operário em uma fábrica de fósforos e vendeu roupas e tecidos ainda adolescente no interior do estado e em Itabira (MG). Aos 18 anos, criou a tecelagem Pabreu. Depois, viriam múltiplos negócios: uma fábrica de calçados, a Imobiliária Pabreu (instalada já nesse prédio, em 1945), uma emissora de rádio, uma companhia agrícola e o Banco das Nações, criado em 1952. Ainda foi deputado e senador. No início dos anos sessenta, mudou boa parte das empresas para uma sede nova na rua Sete de Abril. A antiga torre foi se esvaziando, com a deterioração do parque D. Pedro, cortado por mais e mais viadutos durante a ditadura militar. Em 1984, o banco foi vendido para o Bamerindus. Está quase vazio desde então.
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