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Família é hospitalizada após contato com toxina em aquário

O rapaz ficou surpreso ao descobrir que sua família inteira, assim como os dois cachorros de estimação, tinham sintomas semelhantes aos da gripe

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 11 abr 2018, 18h00 - Publicado em 11 abr 2018, 17h35
 (Reprodução/BuzzFeed/Veja SP)
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Chris Matthews estava limpando o aquário que tem em casa, na Inglaterra, quando removeu um coral da superfície de uma rocha. No dia seguinte, o homem ficou surpreso ao descobrir que sua família inteira, assim como os dois cachorros de estimação, tinham sintomas semelhantes aos de uma gripe. O rapaz, que sabia que alguns corais usados em aquários podem ser perigosos, suspeitou que a limpeza poderia ser o motivo da doença. Ligou para a emergência. Segundo a BBC, cinquenta profissionais, incluindo um time especializado em materiais de risco, apareceram na casa do homem.

Após o susto, dez pessoas foram hospitalizadas por causa do incidente, incluindo Chris, sua família, assim como quatro bombeiros. O rapaz revelou que não sabia que as toxinas poderiam ser liberadas tão facilmente e que ele deveria ter limpado a rocha na água: “Nós não sabíamos que fazer a limpeza fora da água poderia liberar as toxinas no ar“, contou. A família está “se recuperando bem” após o incidente, assim como os cachorros de estimação, que foram tratados por um veterinário. As informações são do BuzzFeed

A substância liberada pelo coral é chamada de palitoxina e pode ser encontrada na maioria dos corais vendidos em lojas para aquários de água salgada. Os corais moles que contêm a toxina crescem em rochas e se fixam à superfície de uma maneira que se torna quase impossível removê-los sem que liberem a substância. Os animais têm uma coloração verde e marrom e podem ser invasivos, crescendo rapidamente e se espalhando pelo aquário. “Basicamente, eles parecem pequenas anêmonas. São pequenos e crescem em grupos conectados uns aos outros“, explicou o biologista Jonathan Deeds. Acidentes acontecem quando o dono de um tanque tenta remover a parte que cresceu. 

Os casos mais severos acontecem quando as pessoas retiram essas pedras de dentro do aquário e tentam podá-las jogando água quente na parte onde elas estão instaladas nas pedras“, explicou o especialista. A palitoxina provoca sintomas severos como tosse, febre alta e irritação nos olhos. A toxina perturba as membranas celulares e pode causar a morte de células em poucas horas. Ao contrário de outras toxinas marinhas, a palitoxina pode ser perigosa se ingerida, inalada ou se entrar no organismo por pequenos cortes na pele. Nestes casos, os sintomas variam de acordo com o “caminho” que a substância percorre pelo corpo.

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No caso da família de Chris, que inalou a palitoxina, os sintomas foram tosse incontrolável, febre alta, dores de cabeça, dificuldade para respirar, ritmo cardíaco acelerado, garganta dolorida, dores no peito, vermelhidão da pele, dores no músculo e irritação dos olhos. A córnea é bastante sensível à toxina. “Ela pode provocar danos permanentes aos olhos“. Em alguns casos, é necessário um transplante de córnea ou cirurgia ocular. “É muito raro, mas pode acontecer“. Nenhum humano morreu por causa da exposição aos corais em um aquários, mas alguns cachorros, sim.

Não há mortes registradas em relação à palitoxina em aquários. No entanto, em casos mais extremos — de dez a vinte casos ao todo, mundialmente — pessoas morreram após ingerirem o figado ou outros órgãos de peixes ou caranguejos que foram contaminados com a substância.

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