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Polêmica da temporada: conheça a banda Pussy Riot

Eles estão nas manchetes dos principais jornais e sites do mundo, mas permanecem um “mistério”. Com seus vestidos e balaclavas em cores vivas, o Pussy Riot é um coletivo de punk rock russo formado exclusivamente por mulheres. São aproximadamente dez artistas que ocultam suas identidades em máscaras e pseudônimos. Ninguém sabia exatamente quem elas eram. […]

Por VEJASP
Atualizado em 10 set 2024, 16h58 - Publicado em 17 ago 2012, 20h21
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Eles estão nas manchetes dos principais jornais e sites do mundo, mas permanecem um “mistério”. Com seus vestidos e balaclavas em cores vivas, o Pussy Riot é um coletivo de punk rock russo formado exclusivamente por mulheres. São aproximadamente dez artistas que ocultam suas identidades em máscaras e pseudônimos. Ninguém sabia exatamente quem elas eram. Até agora.

O grupo, formado em 2011, não tem ligação com gravadoras e se mantém bem longe do mercado. Ele se tornou conhecido principalmente devido à sua ousadia política. Suas músicas confrontam as tradições religiosas russas e contestam a forma como as mulheres são tratadas no país. O último alvo dos ataques destas mulheres raivosas foi a campanha do primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, para a presidência.

Durante um concerto improvisado em uma catedral de Moscou, em fevereiro, três das integrantes foram presas, acusadas de vandalismo motivado por ódio religioso. Elas pediam que a Virgem Maria livrasse a Rússia de Putin. Nesta sexta (17), as integrantes Maria Alekhina, Yekaterina Samutsevich e Nadezhda Tolokonnikova foram condenadas a dois anos de prisão por cantarem “oração punk” contra Putin. Duas delas têm filhos pequenos.

O jornal inglês The Guardian aproveitou a ocasião para “lançar” um suposto novo single do grupo, chamado “Putin Lights in the Fire”. O vídeo reúne imagens do protesto na igreja e fotografias do julgamento. Veja como ficou:

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Várias celebridades do mundo começaram a defendê-las. Paul McCartney foi um deles, ao escrever uma longa carta de apoio às músicas. O enxadrista e líder da oposição Garry Kasparov foi preso pela polícia russa ao protestar a favor das três mulheres durante o julgamento. Madonna fez uma homenagem em um de seus shows e foi chamada de “puta velha” por um ministro russo. O grupo Femen também fez sua parte e cortou uma cruz com uma motosserra. Numa reviravolta inesperada, até a Igreja Ortodoxa Russa pediu misericórdia pelas integrantes detidas.

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A lista segue ainda por Red Hot Chilli Peppers (um dos primeiros a demonstrar apoio), Sting, Peter Gabriel, The Who, Björk…

A sonoridade do Pussy Riot não traz muitas novidades para quem conhece bandas feministas de punk rock do movimento “riot grrrl”, dos anos 90 (o “pioneiro” Bikini Kill, por exemplo, está entre as referências do grupo russo). Mas elas provam que a combinação de arranjos toscos de guitarra, vocais gritados e ativismo político ainda pode provocar tumulto e controvérsia.

Elas têm um blog e um canal no YouTube onde é possível encontrar vídeos como este aqui, produzido em novembro de 2011:

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É ou não é motivo para tanto barulho?

(Tatiane Rosset e Tiago Faria)

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