Mãe fica arrasada ao ler carta da filha de 8 anos sobre bullying
A mulher de 28 anos escolheu compartilhar a mensagem da menina no Facebook para conscientizar outros pais e crianças
Naomi O’Neill, uma mãe de 28 anos que mora com a família em Liverpool, na Inglaterra, ficou arrasada ao ler a carta escrita à mão que sua filha de 8 anos de idade deixou na beira da cama. “Estou triste porque acho que não é justo… Eles continuam fazendo bullying comigo. Nenhuma criança do mundo deveria se sentir como me sinto quando sofro bullying. Me deixa triste, me sinto diferente, estranha, inútil, com raiva, burra e machucada“, dizia a mensagem.
Após ler o desabafo, Naomi sentou-se com a menina e ficou chocada ao descobrir que ela estava sofrendo bullying há semanas — um aluno, inclusive, disse que “mataria a família” da colega de sala. A garota, que se chama Millie, está tão assustada que tentou até se machucar para não permanecer no colégio. “Há muito mais, mas eu não quero escrever. Por favor, me ajude a acabar com o bullying“, dizia o outro lado da carta da criança.
“Fui fazer a cama dela e encontrei o bilhete embaixo da cama. Eu não conseguia acreditar. Dá para perceber que foi escrito às pressas, como se ela estivesse entrando em pânico, porque ela normalmente tem uma caligrafia muito bonita. É como se ela não conseguisse lidar com as pressões do colégio“, contou Naomi ao The Liverpool Echo. Após ler o bilhete, a mulher decidiu tomar uma atitude: “Eu me sentei com ela e perguntei o que estava errado e ela me contou sobre o bullying — ela só disse ‘ eu quero morrer’“.
“Você não espera ouvir esse tipo de coisa de uma menina de 8 anos de idade“, desabafou Naomi. A mãe também percebeu que Millie parou de comer, não queria usar algumas de suas roupas e tentou mudar a aparência. Esperando conscientizar outras pais sobre os efeitos nocivos do bullying, a mulher publicou a carta escrita pela filha no Facebook. Até o momento, mais de 2 000 pessoas já compartilharam a mensagem. Confira:
Ao The Daily Mail, o diretor do colégio de Millie, Simon King, disse que os funcionários estão “chocados, tristes e muitos preocupados com o bilhete”. “Nós nos encontramos com a mãe para discutir a questão e ela nos informou que deseja que a Millie vá para outro colégio, o que é muito triste“, disse o docente. “Nós levamos bullying muito a sério“, garantiu.
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