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Bruna Marquezine é criticada por fantasia pelo Conselho de Enfermagem

Nas redes sociais, grupo repudiou a escolha da atriz, cuja vestimenta ajudaria a sexualizar profissão, mas também recebeu críticas da categoria

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
3 nov 2021, 16h34

Bruna Marquezine se fantasiou de enfermeira durante o Halloween e compartilhou cliques em seu Instagram na madrugada desta terça-feira (2). Entretanto, a atriz recebeu diversas críticas na web, inclusive do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP). Após a repercussão, Marquezine apagou os registros da fantasia de seu perfil e, até o momento da publicação desta nota, não se pronunciou.

O Coren-SP fez, em suas redes sociais, um pronunciamento sobre a escolha de Marquezine e disse que “fantasias de enfermeira desvalorizam o profissionalismo da Enfermagem”. O Conselho argumentou que esse tipo de fantasia ajuda a perpetuar o sofrimento de muitas enfermeiras, que acabam sofrendo assédio e outros tipos de violência por incentivar uma sexualização da categoria.

“A enfermagem é uma profissão que exige conhecimentos técnicos, anos de estudo e muito empenho e dedicação em seu cotidiano. Além disso, por ser uma categoria predominantemente feminina, com mais de 80% de mulheres, sofre os impactos das desigualdades de gênero, o que inclui episódios de violência e assédio. Por esses e muitos outros motivos, é inadmissível que a fantasia de enfermeira, utilizada em Carnavais, festas de Halloween e sátiras continuem sendo toleradas pela sociedade, sobretudo por formadores de opinião”, diz parte do comunicado.

O Coren pediu respeito à profissão de Enfermagem e afirmou que o tema das fantasias de enfermeira já foi objeto de discussão por parte do Conselho anteriormente, em casos como o de Giovanna Ewbank e Ingrid Guimarães.

O post do Conselho de Enfermagem teve mais de 19 mil comentários e recebeu, além de apoio, críticas. 

“Ela [Bruna Marquezine] é cheia do feminismo… Mas acaba utilizando uma fantasia de enfermeira… Mal sabe o quanto sofremos já com tanta sexualização da nossa profissão… Enfermeira não é atriz, não é faz de conta… Não fazemos ceninhas quando estamos prestando assistência, muito menos caras e bocas, dona Bruna Marquezine”, disse uma internauta, em favor da postagem do Coren-SP.

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O coro dos críticos ao Conselho versou sobre o salário dos trabalhadores da classe e questionou o Conselho por não tratar disso, mas sim da fantasia de Marquezine.

“Sinceramente, não vejo isso como desvalorização, desvalorização mesmo é o salário da categoria, e pelo jeito isso já nem é mais o foco”, disse um internauta. “Que desnecessário da parte do conselho! Tantas preocupações e o conselho se preocupa com fantasia em que todas as profissões são usadas… E a PL? Como vai?”, reclamou outro. “Fantasia é nosso salário que é vergonhoso”, disse um terceiro.

Confira a íntegra do pronunciamento oficial do Coren-SP:

“Fantasias de enfermeira desvalorizam o profissionalismo da enfermagem

A enfermagem é uma profissão que exige conhecimentos técnicos, anos de estudo e muito empenho e dedicação em seu cotidiano. Além disso, por ser uma categoria predominantemente feminina, com mais de 80% de mulheres, sofre os impactos das desigualdades de gênero, o que inclui episódios de violência e assédio.

Por esses e muitos outros motivos, é inadmissível que a fantasia de enfermeira, utilizada em carnavais, festas de halloween e sátiras continue sendo tolerada pela sociedade, sobretudo por formadores de opinião.

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O tema já foi alvo de intervenções do Coren-SP por diversas vezes, como no episódio em que as atrizes Giovanna Ewbank e Ingrid Guimarães humildemente se retrataram por terem se apropriado da imagem da profissão com conotação sexual. Deparamos-nos nas recentes celebrações de Halloween com a atriz Bruna Marquezine fantasiada do que a mídia chamou de “enfermeira sexy”. Também com postagem de influenciadoras como Cátia Damasceno, que fez uma enquete para que os seguidores escolhessem sobre a fantasia de mulher gata ou “enfermeira bem sexy; e Thais Massa que se fantasiou como tal.

Repudiamos veementemente essa conduta, pois ela incentiva a sexualização de uma categoria que há décadas luta por valorização e respeito. São trabalhadoras que enfrentam sucessivas jornadas de trabalho, em seus lares e no cotidiano profissional e que não merecem ou devem ser estereotipadas dessa forma.

O Coren-SP defende que todo o humor e diversão são válidos desde que não prejudiquem ou provoquem qualquer impacto negativo na vida do próximo. Por isso faz um apelo à sociedade e aos formadores de opinião: respeitem e valorizem as mulheres da enfermagem.”

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