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Sérgio Quintella é repórter de cidades e trabalha na Vejinha desde 2015
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“Não posso mais correr no parque”, diz “prefeito” do Ibirapuera

Samuel Lloyd, da concessionária que administra o parque, é uma espécie de faz-tudo no local

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
24 ago 2024, 08h00
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  • Samuel, da Urbia: o "prefeito" do parque
    Samuel, da Urbia: o "prefeito" do parque (Léo Martins/Veja SP)

    Quando chegou ao Parque Ibirapuera em 2020 como diretor comercial da Urbia, a concessionária que administra a área verde, o mineiro Samuel Lloyd viu no local o cenário ideal para se exercitar e manter a forma.

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    Afinal, trabalhando no coração do principal parque da metrópole, o executivo mineiro tinha tudo para ser mais um corredor amador habitué do pedaço.

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    Na prática, no entanto, a ideia não prosperou, não por condições físicas. “As pessoas me param para resolver pequenas demandas ou fazer algum questionamento. Primeiro tentei colocar na orelha um fone de ouvido grande, mas não consegui passar despercebido”, ri Lloyd.

    Sem obter êxito na empreitada de tentar passar batido entre tantas pessoas no Ibirapuera, Samuel tentou mudar de ares, mas acabou trocando a área livre pela confinada. “Hoje só corro na esteira”, diz o diretor.

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    Na edição de Vejinha desta semana, a revista trouxe uma reportagem especial sobre os setenta anos do Ibirapuera. Clique aqui para ler a matéria.

    Como diretor da Urbia, Samuel trata de todas as demandas do Ibirapuera (ele é também diretor do estádio Mineirão, em Belo Horizonte), de vendedores ambulantes a tratativas com anunciantes e órgãos públicos, como os de defesa do patrimônio.

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    Em relação aos comerciantes, há uma mudança em curso. Cerca de quarenta deles assinaram contratos com a Urbia e passaram a utilizar carrinhos novos, em uma parceria com a Ambev. Os que ainda trabalham em modelos antigos, que são cobertos com lona após o fim do expediente, deverão passar pelo mesmo “banho de loja”, o que na prática requer algumas exigências.

    Além de precisarem ser micro empreendedores individuais, os comerciantes deverão pagar uma espécie de aluguel pela ocupação do espaço, o que nunca ocorreu. “Estamos cientes de que devemos nos regularizar, mas estamos com receio quanto ao valor. Quanto teremos que pagar? Ninguém nos responde e quem já assinou o contrato está impedido de falar”, diz um vendedor que pediu anonimato.

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    Procurado, Samuel explica que a medida será benéfica para os ambulantes. “A Urbia desenvolveu um programa para regularizar os vendedores autônomos, fazendo com que eles deixem a informalidade. O programa oferece benefícios aos empreendedores, como treinamentos e capacitação, melhores condições logísticas e de oferta de produtos e, ainda, equipamentos e melhor infraestrutura”, afirma o diretor.

    “Além disso, os novos carrinhos também contribuem para a organização e uniformização do parque e oferecem aos clientes ambientes melhores para o consumo. Todas as melhorias que já podem ser vistas no parque são financiadas pelas atividades comerciais, inclusive a venda de alimentos e bebidas. Portanto, esses vendedores também contribuem pra a conservação do parque através de suas atividades”, finaliza.

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    Atualmente existem cerca de sessenta carrinhos no modelo antigo. Quando acabar de formalizar o último deles, Samuel poderá tentar voltar a apertar os passos na pista de cooper, a não ser que surjam novas e barulhentas demandas no pedaço.

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