Justiça nega interdição de pontes e viadutos em má situação
Prefeitura de São Paulo alegou que medida caracterizaria "cenário apocalíptico"
A Justiça negou nesta terça-feira (26) a interdição de dez pontes e viadutos em má situação em São Paulo. O pedido, feito pelo Ministério Público (MP), levou em conta uma análise interna, realizada pelo Centro de Apoio Técnico à Execução (Caex) do órgão estadual, que apontou extrema gravidade estrutural. Entre as passagens, aparecem as pontes das Bandeiras, Tatuapé, Presidente Dutra (já interditada), Freguesia e Cidade Universitária, entre outras.
No despacho, o juiz Otavio Tioit iTokuda, da 10ª Vara da Fazenda Pública, levou em conta um argumento da prefeitura de que as interdições não deveriam ocorrer antes da elaboração de laudos específicos e que um fechamento “no atacado” poderia implicar em um cenário apocalíptico, com seus impactos passando dos limites da cidade, afetando ainda a região metropolitana. O custo estimado para operações desse tipo passaria dos 3 milhões de reais, segundo contas da gestão de Bruno Covas (PSDB).
Apesar de negar a liminar, o magistrado não extinguiu o processo e manteve o prosseguimento da ação civil pública, movida pelo MP para apontar responsabilidades pelo péssimo estado dos mais de 180 viadutos e pontes dla metrópole.