Justiça manda dono de Porsche a júri popular e o mantém preso
Em 31 de março, Fernando Sastre matou o motorista de aplicativo Orlando Viana
O juiz Roberto Zanichelli Cintra, do Foro Criminal de São Paulo, na Barra Funda, determinou que o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho (24), que causou a morte do motorista de aplicativo Orlando da Silva Viana (52), na Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, em 31 de março passado, vá a júri popular.
A data do julgamento ainda não foi marcada.
Pelo acidente, Sastre vai responder por homicídio com dolo eventual (contra Viana) e lesão corporal gravíssima (contra seu amigo Marcus Vinicius Machado Rocha). Se condenado, pode pegar até 28 anos de prisão.
Segundo a denúncia, Fernando Sastre dirigia um Porsche Carrera GTS “com capacidade psicomotora alterada em razão da ingestão de álcool, e indiferente às consequências ilícitas que tal conduta poderia causar a terceiros, em decorrência da colisão anterior, também ofendeu a integridade física do passageiro que estava ao seu lado, a vítima Marcus Vinicius Machado Rocha”.
O acusado nega ter ingerido bebida alcoólica, o que ainda não foi levado em conta pela Justiça.
“Embora o acusado (…) sustente a natureza indesejada do choque, atribuindo a ocorrência a mera imprudência na condução do veículo, não se pode ignorar os relatos da vítima sobrevivente Marcus e da testemunha Juliana, dando conta de que presenciaram o acusado, antes do fatos, consumindo bebidas alcoólicas durante o jantar”, afirma o magistrado. “E depois ainda o viram apresentar sinais aparentes de embriaguez em seu comportamento, tal como andar cambaleante, poucos minutos antes de assumir a direção do automóvel”.
Além de optar pela pronúncia (de enviar Sastre a júri popular), o juiz manteve sua prisão preventiva.