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Poder SP - Por Sérgio Quintella

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Elize Matsunaga quer progredir de regime e conviver com a filha

Defesa alega que condenada pela morte do marido cumpre requisitos básicos para ir ao semiaberto

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
30 jan 2019, 15h55
elize matsunaga juri
elize matsunaga juri (Nelson Antoine/Estadão Conteúdo/Veja SP)
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Condenada a dezoito anos de prisão por matar e esquartejar o marido Marcos Matsunaga, em 2012, Elize Matsunaga quer progredir do regime fechado para o semiaberto. Em 24 de janeiro, a defesa entrou com um pedido sob a alegação de que ela cumpriu o prazo mínimo estabelecido peja Justiça. Em casos de crime hediondo, o réu precisa ficar preso pelo menos 2/5 do prazo. Como conseguiu abater 389 dias da pena por trabalhar no sistema prisional, o benefício poderia ser solicitado a partir do dia 15 de janeiro de 2019.

Na ação, o advogado Luciano Santoro alega que Elize “possui excelente conduta carcerária, cumpre fielmente com suas obrigações e demais determinações internas, preenchendo assim o requisito subjetivo da Lei de Execução Penal para a progressão de regime, conforme atestado de comportamento carcerário”. Além disso, Santoro afirma que não há a necessidade da realização de novos exames criminológicos para que o benefício seja concedido. “No caso sub examine, é certo que não há qualquer comportamento da reeducanda ao longo do cumprimento provisório de sua reprimenda que possa justificar a sua submissão ao exame criminológico, muito ao contrário, ostenta Elize conduta carcerária exemplar, sem qualquer mácula em seu prontuário”.

Convívio com a filha

O advogado diz ainda que Elize Matsunaga passou por avaliações psicossociais que atestaram boas condutas disciplinares. “Nesta unidade prisional, demonstra bom relacionamento com funcionários e reeducandas, não tendo falta disciplinar e trabalha desde a sua inclusão. Já realizou atividades na biblioteca e atualmente trabalha na empresa Funap, canalizando adequadamente seus impulsos (…) A reeducanda apresentou-se de forma adequada e foi devidamente orientada, demonstrando boa linguagem, nível de atenção normal, verbalização clara e coerente de acordo com sua realidade, e funções psíquicas preservadas, exercendo atualmente controle adequado sobre os impulsos. Apresentou sentimentos de culpa e arrependimento pelas suas ações. Questionada sobre seu projeto de vida, relatou que após a liberdade, pretende buscar ajuda da família dos quais recebe apoio, retomar os vínculos com a filha, voltar às atividades laborais, afirmando o desejo de restabelecimento de outros vínculos perdidos”.

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A defesa alega ainda que a condenada foi submetida a um exame minucioso chamado Teste de Rorschach que resultou em informações suficientes para que ela obtenha a progressão da pena. “Apresenta um quadro de depressão, provavelmente desencadeado pela situação que vivencia. Melhorar sua capacidade para lidar com situações complexas e trabalhar sua autocrítica, imaturidade, impulsividade e seu repertório para lidar com as demandas do meio pode beneficiá-la bastante, pois mesmo com estas limitações ela demonstra bom prognóstico”.

Também advogada de Elize Matsunaga, Roselle Soglio diz que o desejo dela nunca foi ter matado o marido. “Como ficou provado no júri, ela nunca planejou ou quis a morte do esposo. Ela é uma mulher que tem condições de voltar a conviver em sociedade, confessou espontaneamente o crime, já cumpre pena desde o fato. Além disso, tem o direito a restabelecer sua vida, inclusive lutando para ter sua filha (a menina vive com os avós paternos) ao seu lado, porque o amor de mãe não se mistura ao incidente ocorrido com Marcos”.

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