Papo sobre rum com Lorena Vásquez, da Zacapa
Ela é a responsável pelas misturas que resultam nos deliciosos runs da marca

Tive o prazer de encontrar Lorena Vásquez, a dama do rum, este ano quando estive no México para a final do concurso World Class 2017. Nascida na Nicarágua há 62 anos, ela é a master blender da Zacapa, uma das principais marcas de rum do mundo, produzida na Guatemala.
A função de Vasques é cheirar e provar as amostras da bebida, que são depois misturadas para dar forma aos diferentes e deliciosos rótulos de rum da grife. Sobre o consumo desse destilado, ela afirma que anteriormente “era conhecido como bebida barata, de fazer mistura, para festa. Hoje podemos compará-lo com um bom conhaque, com um uísque”.
Leia, abaixo, os principais trechos de nossa conversa.
Como você entrou no mundo do rum?
Tive uma farmácia na Nicarágua, mas não gostava dessa função. Fui trabalhar, então, com com cerveja, com controle de qualidade, mas também não tomava a bebida. Foi aí que fui trabalhar com rum. Primeiro, com a parte química, com padrão de qualidade. Em um ano, porém, passei a cuidar dos blends.
Você é química.
A parte química é bem importante em minha função. Há muitos aspectos que são químicos na produção de rum. Na vida, quase tudo é quimica. O amor é química.
O que bebe em casa, rum?
Em casa, bebo vinho. Gosto do vinho tinto. O que acontece é que, se estou tomando rum, minha cabeça fica trabalhando. Se tomo vinho, minha cabeça fica ‘ai que aroma, que sabor…’, mais prazer e menos trabalho. Como não é minha responsabilidade, não me preocupo.
Como é sua rotina de trabalho?
Provo rum, muito rum. Tenho um grupo de trabalho que avalia diferentes amostras para fazer as misturas. Em geral trabalho com mulheres, que costumam ter mais sensibilidade e paciência. E não posso usar perfume, senão sinto outros aromas que não são o do rum e isso pode atrapalhar.
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