Lembra deles? Bares LGBT+ que fecharam na década passada
Na semana da Parada do Orgulho LGBT+, um mergulho na cena noturna dos últimos anos
São Paulo já teve um montão de bares adorados pelo público LGBTQIA+. Uma pena: esses endereços foram fechando pouco a pouco, muitos deles na década passada. E as boates e festas ganharam mais espaço.
Nos últimos meses, felizmente, a cidade ganhou novas casas para beber e petiscar que vêm fazendo a cabeça dessa galera. É caso dos bares Auê, na Bela Vista, e da Casa Fluida (leia aqui a crítica), na Consolação, que foram inclusive tema de uma matéria de capa que escrevi com o repórter Humberto Abdo (leia ela aqui).
Mas a intenção desse post é nostálgica. Quero elencar, aqui, alguns endereços que gays, lésbicas e transgêneros amavam no passado mas que não existem mais — e que fecharam não faz, assim, tanto tempo. Você se lembra de algum deles?
Ah, vale lembrar: todos fizeram parte do guia VEJA SÃO PAULO COMER & BEBER.
BAR DA DIDA
O boteco de Adriana Oddi, a Dida, era um sucesso na Rua Doutor Melo Alves, nos Jardins. As mesas ficavam espalhadas pelo estacionamento do imóvel vizinho, ao ar livre, e eram ocupadas por um pessoal descolado, o que incluía grupos de LGBTs que compartilhavam garrafas de cerveja, boas caipirinhas e sanduíches.
DIRECTOR’S GOURMET
Longevo, durou de 1990 a 2017 na Alameda Tietê, nos Jardins — agora, tem até um podcast que conta a história do bar. Era pequeno e escurinho, de decoração curiosa, com uma cadeira de diretor de cinema no teto e cartazes de filmes. Um DJ tocava hits de pop. muitos dos anos 80 e 90, enquanto o pessoal — a maioria acima dos 40 anos — bebia caipirinhas.
SONIQUE
Misto de bar e balada, exibia um ambiente meio futurista, com paredes altas de blocos de concreto e teto com grafismos geométricos de neon. A programação de festas era um sucesso e mesclava moderninhos e playboys, a maioria gay, que bebericavam long necks e drinques. Ficou no mesmo ponto da Rua Bela Cintra, na região da Consolação, entre 2009 e 2011.
VOLT
Foi aberto em 2009 na região do Baixo Augusta e tinha como sócio o empresário Facundo Guerra. Era um bar estreito, todo espelhado, que expunha néons que, no princípio, foram resgatados de inferninhos da Augusta. Era frequentado pelos chamados fashionistas de 30 e poucos e, no fim da vida, por um público mais jovem. DJs animavam esse pessoal, que se abastecia de drinques da casa.
Lembra de mais algum bar que deixei de fora? Me escreve nas redes sociais.
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