Tragicomédia explora a vida após a morte
'Memórias Póstumas de uma IA' traz embate ético, com temas como a relação entre mãe e filho e entre arte e ciência
A Inteligência artificial é o objeto de investigação de Memórias Póstumas de uma IA, tragicomédia que estreia no domingo (1), no Teatro Santa Cruz. Na trama, escrita e dirigida por Miriam Palma (também em cena), o neurocientista Artur (André Grecco), desolado com a morte da mãe, tenta ressuscitá-la implantando um chip em seu cérebro. Após o sucesso do experimento, a poetisa interpretada por Miriam passa a questionar o filho quanto à ética do feito: além de ter roubado um cadáver a caminho do funeral, ele também abandonou uma pesquisa que estava em andamento para se dedicar à ressurreição. A partir do embate ético, temas como a relação entre mãe e filho, entre arte e ciência e entre a vida e a morte vêm à tona. Além dos dois atores, o músico João Arruda sobe ao palco para executar ao vivo a trilha sonora de percussão eletrônica. O figurino é de Kleber Montanheiro (responsável pela direção e pelas vestimentas usadas em Cabaret Kit Kat Club, de 2024), e a cenografia é assinada por Heron Medeiros (80min). 12 anos.
Teatro Santa Cruz. Shopping metrô Santa Cruz. dom., 18h. r$ 70,00 e r$ 90,00. até 27/10. teatrosantacruz.com.br.
Publicado em VEJA São Paulo de 30 de agosto de 2024, edição nº2908