‘Silva’, em cartaz no Teatro de Contêiner, aborda revolução incendiária
Primeira peça do coletivo Os Incendiários é codirigida por Georgette Fadel e Nilcéia Vicente
Silva, em cartaz no Teatro de Contêiner Mungunzá, é a peça de estreia do coletivo Os Incendiários. Ela parte do filme Faça a Coisa Certa (1989), do cineasta americano Spike Lee, e da peça Biedermann e os Incendiários (1953), de Max Frisch, para a construção de uma narrativa reflexiva e incendiária sobre racismo e opressão.
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O espetáculo do dramaturgo suíço ganhou montagem, em 2002, dirigida por Georgette Fadel, que codirige junto a Nilcéia Vicente a montagem atual. Traz em cena o burguês Biedermann, que vive em uma cidade onde constantes incêndios são perpetrados por operários desempregados. No espetáculo do coletivo, escrito por Lucas Moura, Silva é um homem negro fiel a Biedermann, a personificação do branco colonizador e escravocrata. Quando conhece Hidrogênio, Carbono e Oxigênio, que buscam por uma quarta força para iniciar uma revolução e, assim, queimar a estátua de Biedermann, ele começa a se questionar se uma mudança radical não é a coisa certa a se fazer. Com Filipe Celestino, Lilian Regina, Romário Oliveira e Vaneza Oliveira. (105min). 16 anos.
Teatro de Contêiner Mungunzá. Rua dos Gusmões, 43, Santa Ifigênia, ☎ 99188-9035. ♿ Seg., ter. e qua., 20h (não haverá sessão no dia 23/11). Sessões extras em 22/11, 30/11 e 6/12, às 16h. R$ 20,00. Até 21/12. ciamungunza.com.br.