Com codireção de Lázaro Ramos, peça questiona até onde vamos por um emprego
"O Método Grönholm", também dirigida por Tatiana Tibúrcio, põe em cena um processo seletivo extremo entre quatro executivos que disputam uma vaga
Quatro executivos — interpretados por George Sauma, Luis Lobianco, Raphael Logam e Anna Sophia Folch — se encontram na sala onde passarão pela última fase da seleção para uma vaga de emprego em uma multinacional. O que eles não sabem é que, desde que chegaram, o teste já havia começado. Esse é o mote de O Método Grönholm, texto do catalão Jordi Galcerán, cuja montagem dirigida por Lázaro Ramos e Tatiana Tibúrcio entra em cartaz nesta sexta (24), no Teatro Unimed.
Lázaro interpretou o personagem Fernando Fontes na primeira encenação da obra no Brasil, em 2007, quando foi dirigida por Luiz Antonio Pilar. O papel hoje é de Lobianco. “O modo que o Lobianco faz o personagem que eu fazia é completamente diferente. Em um primeiro momento, tive a tendência de empurrá-lo para as minhas opções como ator, mas depois comecei a gostar muito daquilo que ele estava me oferecendo dentro das suas características”, comenta o diretor. O “método” disposto por Galcerán é o de uma seleção pouco ortodoxa, em que os próprios candidatos decidem quem é menos apto e deve ser desclassificado. Os desafios cada vez mais surpreendentes, constrangedores e cruéis suscitam a discussão sobre ética no trabalho e até onde vamos para conquistar nossos objetivos.
+Teatro Alfa abre venda de assinaturas para espetáculos de dança; preços começam em 441 reais
A estreia dessa montagem aconteceu em 2020, mas foi logo interrompida devido à pandemia. A retomada é o que Lázaro considera a “estreia de verdade”. “A peça ganhou uma atualidade maior ainda, para além dos outros debates individuais que já trazia”, acredita. (70min). 12 anos.
Teatro Unimed. Alameda Santos, 2159 (Edifício Santos Augusta), Cerqueira César. ♿ Sex. e sáb., 21h. Dom., 18h. R$ 80,00 e R$ 100,00. Até 31/7. teatrounimed.com.br.
+Assine a Vejinha a partir de 12,90.
Publicado em VEJA São Paulo de 29 de junho de 2022, edição nº 2795