“Enquanto as Crianças Dormem” e o antimusical tragicômico
A montagem estreia no dia 31 no Teatro Aliança Francesa
O espetáculo Enquanto as Crianças Dormem é definido como um “antimusical tragicômico”, e o público vai poder descobrir o que isso significa a partir do dia 31, data prevista para a estreia no Teatro Aliança Francesa. Escrita e dirigida por Dan Rosseto, a peça discute sobre o que o ser humano é capaz de fazer em nome dos seus sonhos. Kelly (interpretada por Carol Hubner) é uma fã incondicional do musical O Mágico de Oz. Ela trabalha como atendente de uma lanchonete e sonha imigrar para os Estados Unidos para se tornar atriz de musicais na Broadway.
Para driblar a rotina, a moça fantasia o seu cotidiano como se fosse cenas de um espetáculo. A coisa começa a mudar de figura quando aparece Ellen (papel de Carolina Stofella), uma mulher disposta a financiar o seu sonho de viver e ser artista na América. O elenco é completado pelos atores Diogo Pasquim, Haroldo Miklos, João Sá, Juan Tellategui e Samuel Carrasco. A trilha sonora original leva a assinatura de Fred Silveira. A temporada no Aliança Francesa será nas quartas e quintas, às 20h30, até 27 de julho, com ingressos a R$ 50,00.
Para quem ficou curioso, a equipe de produção apresenta quais são os dez mandamentos do antimusical.
1 – Oposição ao gênero; contraditório, cruel, trágico, farsesco
2 – Crítica irônica aos modelos vigentes de musicais estrangeiros
3 – A base da narrativa é o texto e não as composições musicais
4 – Nas cenas em que há coreografias, a dança não é o elemento principal
5 – As músicas são divididas entre: composições com letras originais e músicas conhecidas
6 – Não sobrepor a teatralidade do espetáculo com recursos e aparatos técnicos como: amplificação da voz cantada (uso de microfone)
7 – Quando há microfonação a sua utilização é para recursos que não o canto
8 – Equipe reduzida (staff e elenco)
9 – Reutilização de figurinos originais utilizados em musicais tradicionais
10 – Atores com nenhuma ou pouca experiência em musicais