“Édipo Rei” transporta o público à Grécia Antiga
O formato de arena, recriado na Sala de Espetáculos 2 do Sesc Belenzinho, envolve o espectador e também o remete à Grécia Antiga e às origens do teatro. Foi por lá, por volta de 427 a.C, que Sófocles escreveu “Édipo Rei”, a clássica tragédia adaptada por Eduardo Wotzik e Fernanda Schnoor. Com garra e reforçando […]
O formato de arena, recriado na Sala de Espetáculos 2 do Sesc Belenzinho, envolve o espectador e também o remete à Grécia Antiga e às origens do teatro. Foi por lá, por volta de 427 a.C, que Sófocles escreveu “Édipo Rei”, a clássica tragédia adaptada por Eduardo Wotzik e Fernanda Schnoor. Com garra e reforçando as nuances, Gustavo Gasparani interpreta o personagem-título, que tenta desesperadamente fugir do destino: segundo uma profecia, ele mataria o pai e se casaria com a própria mãe. Coroado rei de Tebas, o protagonista se vê dominado pela angústia e tem o passado vasculhado, destruindo a felicidade ao lado da Rainha Jocasta (vivida pela atriz Eliane Giardini).
Com um belo cenário e figurinos impecáveis, a encenação dirigida por Wotzik valoriza a essência dramática original e mantém-se fiel ao caráter coral do elenco. Tem o momento de maior força na participação de Amir Haddad como Tirésias, mas brinda o público com presenças marcantes também de Rogério Fróes, César Augusto e Fabianna de Mello e Souza, entre outros.