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Por Juliene Moretti
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Fui conferir o show do Jota Quest no drive-in. Funcionou?

Allianz Parque aposta em shows com plateia no carro; na programação, estão marcadas apresentações de Anavitória e Nando Reis

Por Juliene Moretti Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 28 jun 2020, 13h47 - Publicado em 28 jun 2020, 09h36

Nesta semana, o Allianz Parque deu início Arena Sessions, projeto de drive-in dentro do estádio, feito em parceria com a agência Multicase, com cinema, atividades infantis, standup, e shows. Destes, os primeiros a estrearem a modalidade foi o Jota Quest, na noite de sábado (27). E lá fui eu. Para deixar claro, não se tratam de lives que seriam transmitidas no telão dentro do espaço, como muita gente foi perguntar ao diretor de inovação do Allianz, Márcio Flores. A banda e toda equipe estavam lá, de carne e osso e máscaras.

(Veja São Paulo/Veja SP)

Para minimizar riscos de contágio, partiram de ônibus de Belo Horizonte, no sábado de manhã, com testes de Covid-19 realizados. Depois do show, partiriam imediatamente para Minas. “Somos artistas de palco, a gente ama estar no palco e estava fazendo muita falta”, diz Rogério Flausino, minutos antes de se apresentar. “Nós, da banda, ainda conseguimos nos distrair compondo, fazendo lives, lançando música, mas a turma técnica estava sem trabalho nenhum há 100 dias. É uma boa iniciativa para fazer o mercado voltar a mexer.”

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E ele tem razão. A última vez que eu fui a um show para cobrir (ou para me divertir) foi no início de março, com Maroon 5 e a partir deles, a gente ia conferir uma toada boa de apresentações grandes: Backstreet Boys, Lollapalooza, Billie Eilish, Kiss Metallica, Taylor Swift… Mas nem chegamos ao segundo. Falo isso porque o coração bateu mais forte e fiquei levemente emocionada quando entrei com o carro no túnel iluminado e me vi dentro do estádio. Antes, também no carro, fui orientada a ficar de máscara para que bombeiros pudessem aferir minha temperatura. Os ingressos são cobrados por veículo – neste, custaram entre 450 e 550 reais – com até quatro pessoas. Ao todo, podem entrar até 285 carros.

(Veja São Paulo/Veja SP)

Orientadores munidos de bastões de luz me indicaram a vaga. Fiquei mais para o fundo, sem prejudicar a vista para o palco lá na frente. Foi bonito ver o Allianz iluminado de novo. Chamou muita atenção o silêncio da plateia, já que estavam todos em seus carros. Um telão gigante atrás da área de apresentação e um menor mais acima me ajudavam a ver melhor.

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“Viver é uma arte, é um ofício, só que precisa cuidaaaaaado!” 🎵 ⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Um carro do lado do outro, a música do @jotaquest ecoando no #AllianzParque e a gente feliz por viver isso com vocês no PRIMEIRO show do #ArenaSessions 🤟🏻🚙

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As vagas eram delimitadas por grades baixas e nelas estavam presas caixinhas de som para a gente ouvir melhor. Caso tivesse um temporal, elas seriam desligadas e a plateia poderia sintonizar em uma frequência de rádio para ouvir o show. Também havia uma placa com um QR Code. Por ele, abria um chat de conversa via Whatsapp para orientações para ir ao toalete, por exemplo.

(Veja São Paulo/Veja SP)

Por outro QR Code, era possível fazer meu pedido de comidinhas que viriam por atendentes vestidos de máscaras transparentes que cobriam o rosto inteiro e luvas. No meu caso, fui munida de amendoim e refrigerante. Quis garantir mesmo.

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A escolha de um grupo como o Jota Quest para estrear esse novo estilo de show me pareceu acertado. Flausino e sua turma têm experiência e hits que embalam. Confesso que foi difícil ouvir Na Moral e não poder sair do carro para pular com a galera (não se preocupe, ninguém fez isso). Alguns aproveitaram o teto-solar. Outros tentaram sentar na janela, mas seguranças pediram para descerem. Ainda com anos de estrada, Flausino precisou adaptar algumas interações com o público. Em vez de palmas, buzinaço. Em vez de gritos, faróis piscando. Fez falta ouvir o coro da público, mesmo cantando dentro do carro. Vez ou outra, por estarmos isolados, rolou uma distração por estar muito tempo parada no carro. Ainda assim, renderam momentos bonitos e aumento a esperança de que logo estaríamos todos juntos cantando As Dores do Mundo. Eles aproveitaram para mostrar duas composições novas, Guerra e Paz e A Voz do Coração. E resgataram antigas, como a suave Palavras e Oxigênio.

Os carros e as vagas cheias são indícios que estávamos precisando desse respiro. Não vai substituir as dores e as delícias de entrar na muvuca com desconhecidos e vibrar ao ver um artista fazer uma grande apresentação. Voltar a ir aos shows da forma convencional pode estar distante, mas curtir a música ao vivo, mesmo dentro do carro, rendeu um alívio e matou as saudades de estar, enfim, na rua.

Dos shows musicais, o projeto ainda tem Turma do Pagode (3 de julho), Marcelo D2 (11 de julho), Anavitória (17 de julho) e Nando Reis (19 de julho). Os ingressos estão concorridos.

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