Lições que aprendemos no segundo dia do Monsters of Rock
O que aconteceu de melhor e pior no segundo dia do Monsters of Rock, que teve fã pagando até 30 reais por uma maquiagem do Kiss e sósia de Gene Simmons sendo (bastante) assediado. + Detalhes do primeiro dia do Monsters of Rock + Paul Stanley, do Kiss, se confunde ao tentar homenagear o Brasil 1. […]
O que aconteceu de melhor e pior no segundo dia do Monsters of Rock, que teve fã pagando até 30 reais por uma maquiagem do Kiss e sósia de Gene Simmons sendo (bastante) assediado.
+ Detalhes do primeiro dia do Monsters of Rock
+ Paul Stanley, do Kiss, se confunde ao tentar homenagear o Brasil
1. Domingo foi o dia dos atrasos
Ao contrário do sábado (25), que teve os horários seguidos à risca, o domingo foi marcado por atrasos. E dos grandes. Já no show do Accept a agenda passou a ser desrespeitada. Marcada para 17h20, a apresentação só foi começar às 17h37, o que atrapalhou a pontualidade das bandas seguintes. O último show da noite, do Kiss, só começou às 23h16, quarenta e seis minutos depois do previsto.
2. O Accept não decepcionou
Tido como um dos nomes mais aguardados e respeitados da escalação do festival, o Accept não frustrou os fãs. Em pouco mais de uma hora de apresentação, os alemães mesclaram músicas mais recentes (como Stampede, que abre o último disco, Blind Rage, de 2014) com as favoritas do público, caso de Metal Heart e Balls to The Wall. Destaque para as performances do vocalista Mark Tornillo, que substitui Udo Dirkschneider desde 2009, e do guitarrista Wolf Hoffmann.
3. O Manowar fez as pazes com o público
A última vez que o Manowar, conhecido pelos fãs extremistas e pelas chacotas das quais é vítima, visitou a cidade não foi das mais felizes. Em 2010, quando se apresentou no Credicard Hall (hoje Citibank), o conjunto americano enrolou selecionando garotas da plateia para subir ao palco e levando um fã para tocar guitarra com eles, duas brincadeiras que mais cansaram do que divertiram. Na ocasião, os participantes frustrados chegaram a queimar camisetas do grupo no estacionamento do espaço. Os “manowarriors” não tiveram do que reclamar dessa vez. A banda fez o show mais alto da noite e o baixista Joey DeMaio afagou o público fazendo um longo discurso em português. “Quem não gosta de metal, de Manowar ou do Brasil vai se f*”, berrou antes de se dar um banho de cerveja, para o delírio da massa.
4. Judas Priest parte II
Esquisitíssima a escalação do Judas Priest para os dois dias de festival. Será que não havia mesmo nenhum outro nome para preencher a vaga restante no line-up? Deve-se reconhecer que os ingleses fizeram uma das melhores apresentações do primeiro dia, mas, a bem da verdade, não havia a menor necessidade do enfadonho repeteco. O vocalista Rob Halford, que já não é muito dado a interações com o público, parecia ainda mais emburrado e apressado para terminar logo o show.
5. Dê ao público o que ele quer
Sim, o Kiss fez o mesmo show de sempre. E não, ninguém reclamou. Abrindo com a matadora Detroit Rock City, o grupo não decepcionou e trouxe na bagagem toda a pirotecnia habitual. Fogos de artifício (que explodem dentro do palco), a tirolesa que leva Paul Stanley para um passeio sobre o público, papéis picados… Estava tudo lá. O repertório veio recheado dos hits preferidos do público, como Lick it Up, de 1983, e Rock and Roll All Nite, de 1975, que encerrou o espetáculo. Os paulistanos receberam de presente ainda a execução de Parasite, presente nos álbuns Hotter Than Hell (1974) e Alive! (1975). Ela não é presença tão rara nos setlists, como Paul Stanley deu a entender, mas não havia sido tocada nesta turnê brasileira.
Texto: Luan Freires