5 Perguntas para Ivete Sangalo, que homenageia Tim Maia ao lado de Criolo na próxima semana
Na próxima semana chega à cidade a turnê conjunta de Ivete Sangalo e Criolo em homenagem a Tim Maia, depois de ter passado por Porto Alegre, Recife, Fortaleza e Brasília reunindo cerca de 400 000 pessoas no total. + São Paulo terá edição do festival de música eletrônica Electric Daisy Carnival em 2015 para concorrer com o Tomorrowland […]
Na próxima semana chega à cidade a turnê conjunta de Ivete Sangalo e Criolo em homenagem a Tim Maia, depois de ter passado por Porto Alegre, Recife, Fortaleza e Brasília reunindo cerca de 400 000 pessoas no total.
O espetáculo explora por diversos períodos do cantor, do início da carreira à “fase racional”, passando pelo namoro com a disco music e a popularidade dos anos 80, quando se associou à dupla de compositores Sullivan & Massadas.
Falei com a cantora sobre o projeto, a relação dela com a obra de Tim e a polêmica com Ed Motta, que chamou o tributo de desrespeitoso e “coisa podre” assim que foi anunciado em fevereiro.
Como o convite apareceu?
A Nivea me procurou, já conhecia das outras edições. Eles tinham a ideia de fazer o projeto comigo e eu adorei, fiquei animadíssima. Escolher Tim Maia foi algo bem espontâneo. Quisemos mostrar a música dele às novas gerações. Começamos a discutir a possibilidade de um convidado e a escolha foi certeira. Eu disse que queria o Criolo, toparam na hora. Ele é um poeta urbano, com vários anos de carreira, sempre curti muito.
+ Nova biografia de Roberto Carlos escrita por Paulo César Araújo será publicada pela editora Record
Por que revisitar o repertório de Tim Maia?
A intenção era homenagear algum grande nome da música que já tivesse nos deixado. Ele faz parte de várias fases da minha vida e eu, como fã, fiz questão de incluir vários períodos da carreira dele na homenagem. Qualquer brasileiro tem alguma relação com alguma música de Tim Maia. Acho que foi a escolha mais acertada.
Qual momento da sua vida foi mais marcado pela música dele?
Lá em casa a gente pouco via televisão. Era música o tempo inteiro. Em todo o momento eu tive contato com o som dele, mas dei uma pirada quando descobri a fase “racional”, só que já estava mais velha. Fiquei louca, principalmente com a maneira que ele concebeu os arranjos. Adorava quando ele cantava Sullivan & Massadas também. Uma música que eu adoro é Telefone, um fora muito bem dado.
Assim que o projeto foi divulgado, o Ed Motta, sobrinho do Tim, fez duras críticas a ele. Vindas do músico, que gravou com você (Medo de Amar), as críticas te pegaram de surpresa?
Ele deu a opinião dele. Não significa que eu tenha o mesmo sentimento, mas eu tenho por ele e pela opinião dele um grande respeito. Não vou censurá-lo só porque ele está falando algo que é contrário a mim. Eu sou uma grande fã de Ed. Sou mesmo, não é hipocrisia. Ele acha que não deveria ser nem eu nem Criolo, mas é o que ele pensa. Está tão gostoso e a entrega é tão intensa que a última coisa que a gente pensa é nas críticas. O próprio Tim estaria muito feliz.
+ 11 shows imperdíveis da Virada Cultural
Você conheceu Tim Maia pessoalmente?
Sim, foi lindo. Ele era uma figura dulcíssima, pelo pouco que o conheci. Eu era fã dele antes de ser cantora. Eu assisti a dois shows dele na Bahia e tentei vê-lo no Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca, que ele não foi. Eu fiquei feliz! Só um fã dele poderia ir a um show que ele não vai. Foi uma experiência maravilhosa. Desculpa a expressão, mas ele era f***. Conversamos por uma ou duas horas, ele me desejou muita sorte e brincou dizendo que nossas vozes eram grossas.
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=3RCd009ZPFI?feature=oembed&w=500&h=281%5D