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Movida Paulistana

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À frente de projetos de impacto sociocultural, como o bloco Acadêmicos do Baixo Augusta, a recém-aberta Formosa Hi-Fi e o saudoso Studio SP, Alê Youssef construiu uma consistente carreira na área cultural. Em Movida Paulistana, às quintas-feiras, ele vai abordar as correntes vanguardistas com seu olhar atento para o que há de mais inspirador

São Paulo não dorme!

Melhor vida noturna do mundo alavanca cidade em ranking internacional

Por Alê Youssef
4 dez 2025, 08h00
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Torre TransBurti, de Antonio Peticov, em São Paulo (Antonio Peticov/Reprodução)
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O ranking global World’s Best Cities 2026, que avalia a qualidade de vida nas grandes cidades, elegeu a vida noturna paulistana como a melhor do mundo, o que fez com que São Paulo subisse de posição com força na classificação, alcançando o 18º lugar entre as melhores metrópoles para se viver, à frente de varias cidades super importantes.

É um reconhecimento que não veio através de políticas públicas, grandes planos estratégicos ou iniciativas governamentais, mas da garra, da criatividade e da resiliência de quem empreende e produz na noite da cidade.

Os bairros Baixo Augusta e Vila Madalena são nominalmente mencionados no processo de análise e ambos são exemplos clássicos do empreendedorismo criativo e da produção cultural de SP.

Essa potência sempre foi conhecida por quem vive ou frequenta a cidade. É impressionante a quantidade de eventos, lugares, projetos diferentes que acontecem por aqui todas as semanas. Foram os bares, restaurantes, teatros, festas, cinemas, casas de show, festivais e coletivos culturais que, na marra, construíram essa cena vibrante que agora foi reconhecida internacionalmente.

Mas, enquanto São Paulo comemora seu título, a cidade real continua convivendo com paradoxos: um Carnaval de rua que termina às seis da tarde, uma Virada Cultural que encolheu em tamanho e ambição, além de bares, teatros e outros espaços culturais alvos de fiscalizações e ameaças motivadas por pressões conservadoras ou interesses econômicos.

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É um contrassenso celebrar a melhor vida noturna do mundo enquanto se dificulta a existência justamente daqueles que a constroem. Não há caminho mais inteligente — econômica, social e culturalmente — do que apostar na noite como vetor de desenvolvimento.

Isso significaria mais empregos, mais renda, mais turismo, mais segurança, mais vitalidade urbana, mais reconhecimento internacional.

As expressões da nossa Movida Paulista majoritariamente se dão na noite da cidade e esse tema vai entrar fervendo em 2026. Além do ranking, o Acadêmicos do Baixo Augusta, o maior bloco de carnaval da cidade, nascido justamente da força cultural da noite de um dos bairros responsáveis pela 18ª posição, propõe para o carnaval 2026 o tema “São Paulo não dorme”.

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Será, certamente, uma celebração justa para quem faz a noite pulsar — e também um chamado para que a São Paulo oficial finalmente reconheça sua maior vocação. Viva a noite paulistana!

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