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Movida Paulistana

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À frente de projetos de impacto sociocultural, como o bloco Acadêmicos do Baixo Augusta, a recém-aberta Formosa Hi-Fi e o saudoso Studio SP, Alê Youssef construiu uma consistente carreira na área cultural. Em Movida Paulistana, às quintas-feiras, ele vai abordar as correntes vanguardistas com seu olhar atento para o que há de mais inspirador

O segredo do Julinho

Mesmo em uma cidade com restrições, Julinho Clube trouxe à Rua Mourato Coelho um bar onde se entra sem hora para sair

Por Alê Youssef
16 out 2025, 08h00
Bar do Julinho
Bar do Julinho (Divulgação/Divulgação)
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A região de Pinheiros, Vila Madalena sempre teve música boa. Desde os tempos do banquinho e violão e lugares como o Lira Paulistana, Vou Vivendo, Aeroanta, Blen Blen e Studio SP. O bairro foi o epicentro da vanguarda e da boemia paulistana.

Mas essa tradição, que parecia tão natural na vida da cidade, foi se perdendo. A noite do bairro (e da cidade) perdeu esse fio condutor da MPB ao vivo, que unia gerações, histórias e repertórios.

Nesse período nasceu o Bar do Julinho — ou Julinho Clube. Criado em 2008 pelo músico Júlio Cesar Oliveira, o bar não foi pensado por empresários em busca de novas tendências. É um espaço feito por um músico para outros músicos, onde todo o couvert artístico arrecadado vai para os artistas.

O ambiente é pequeno, intimista, aconchegante. A programação é diversa, mas sempre fiel ao DNA da música brasileira. Rodas de artistas onde não há hierarquia, tocam os clássicos da nossa música.

O público entendeu rápido: filas, badalação e madrugadas que terminam quando já é dia. É, acima de tudo, território afetivo para quem ama a noite paulistana.

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Mesmo com tantas perseguições e restrições que a noite da cidade vem sofrendo nos últimos anos, o Julinho fez a Rua Mourato Coelho voltar a ter um bar onde se entra sem hora para sair, onde a música é protagonista.

Recentemente as novas gerações redescobriram a MPB. Nossos mestres maiores Caetano, Chico, Gil, Djavan e Paulinho estão reunindo multidões em estádios, festivais e – graças aos deuses da democracia – também nas ruas.

Esse é o momento para essa importante retomada da MPB ao vivo nas madrugadas da cidade. Que outros empreendedores criativos sigam o exemplo do Julinho, que faz São Paulo se lembrar de quem era e a musica popular brasileira voltar a ser nossa identidade. Toda noite.

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