Alta de alugueis na Augusta põe fim ao Studio SP
Ontem, o empresário Alê Youssef anunciou o fim do Studio SP, uma das mais tradicionais e pioneiras baladas da Rua Augusta (leia aqui). Youssef aponta a especulação do mercado imobiliário como um dos principais motivos para o encerramento da casa. A alta dos alugueis teria inviabilizado a sobrevivência negócio. Já tratei aqui no blog sobre […]
Ontem, o empresário Alê Youssef anunciou o fim do Studio SP, uma das mais tradicionais e pioneiras baladas da Rua Augusta (leia aqui). Youssef aponta a especulação do mercado imobiliário como um dos principais motivos para o encerramento da casa. A alta dos alugueis teria inviabilizado a sobrevivência negócio. Já tratei aqui no blog sobre a corrida imobiliária na Rua Augusta e seu entorno, tanto para a criação de imóveis residenciais quanto comerciais (leia aqui).
Segundo Eduardo Batochio, gerente de vendas e locação da imobiliária Ciranda Imóveis, que atua ali na região, os preços vêm subindo ano a ano. “Os alugueis triplicaram nos últimos três anos”, diz. As vendas registraram alta semelhante. “Um imóvel que valia 100 000 reais há três anos, hoje vale 400 000 reais”, afirma. De acordo com Batochio, o valor do metro quadrado do entorno da Rua Augusta está entre 10 000 reais e 12 000 reais, patamar semelhante ao do Itaim Bibi, uma das áreas mais nobres da cidade (e caras também).
Desde a criação do Shopping Frei Caneca em 2001, a região tem mudado, com a debandada das antigas casas de prostituição e saunas seguida pela era de ouro do Baixo Augusta, repleto de casas noturnas disputadíssimas. Agora, a área parece entrar em uma terceira fase, em que muitas dessas baladas vão fechando as portas enquanto emergem novos apartamentos e salas corporativas. O mix característico do entorno, com comércio, serviços e endereços residenciais combinados, deve continuar.