Passarela de Congonhas é reaberta aos pedestres após reforma
Obra, projetada nos anos 70 pelo arquiteto João Batista Vilanova Artigas, teve investimento de 6,7 milhões de reais
Interditada desde 2015 por causa de problemas estruturais, a Passarela Comandante Rolim Amaro, que cruza a Avenida Washington Luís e dá acesso ao Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul, foi reaberta ao público na última semana de dezembro e tem a reinauguração oficial prevista para o próximo dia 19. Uma reforma de 6,7 milhões de reais, custeada por meio de uma parceria da prefeitura com empresas privadas, recuperou a passagem principal, além das escadas do canteiro central e das laterais.
Outras melhorias incluem a instalação de dois elevadores, luminárias, cobertura, uma praça, banheiros, bicicletário e espaço para comércio. A entrega põe fim a uma batalha de dezoito anos do empresário Carlos Alberto Camargo, sócio de uma construtora com empreendimentos na região.
Em 1999, incomodado com o estado de conservação do local, ele criou a Associação dos Amigos da Passarela, com o objetivo de conseguir sua revitalização. A peregrinação do empresário por órgãos públicos atravessou seis gestões municipais, até ter um desfecho positivo em março do ano passado, quando a obra foi confirmada. “Precisamos cuidar da nossa cidade”, diz ele.
Construída em 1974, a passarela tem fluxo diário de 3 000 pedestres e foi projetada pelo arquiteto João Batista Vilanova Artigas, também responsável pelo Estádio do Morumbi, pelo prédio da faculdade de arquitetura da USP e pelo Edifício Louveira, em Higienópolis.
A atual reforma foi supervisionada por seu neto, Marco Artigas, e pela sobrinha de Carlos, Helena Camargo, ambos arquitetos. “É um orgulho ter a oportunidade de trabalhar em algo ligado a meu avô”, afirma Marco.