Memória | VEJA SÃO PAULO

Você acorda meio zureta, a visão embaçada puxando pro branco e uma tontura que não passa. Logo percebe os sintomas e vê que a sua pressão arterial deve estar muito baixa. Mas não tem como confirmar, porque seu aparelho portátil de medir a pressão está sem pilhas. Essas pilhas palito estão cada vez mais difíceis de achar. Então resolve ir à farmácia pra medir a pressão, quando se lembra que as farmácias não podem mais fazer esse tipo de serviço.

A solução é simples: você então embarca na sua máquina do tempo e viaja até uma farmácia dos anos 80, pra poder medir a pressão. Depois do simpático farmacêutico constatar que sua pressão realmente estava um tanto baixa, e pedir pra que você simplesmente coloque um pouco de sal debaixo da língua, você para pra observar à sua volta e matar as saudades de um dos estabelecimentos mais típicos das décadas passadas, as farmácias simples e pequenas, com balcão de madeira, prateleiras fechadas com vidro e uma salinha separada por uma cortina, onde os serviços médicos eram realizados, desde a simples aferição da pressão arterial até a aplicação das temidas Benzetacil.

Com o tempo sobrando – afinal você tem uma máquina do tempo – você resolve dar uma olhada nos produtos à venda naquele pequeno estabelecimento, embrião das atuais redes enormes de drogarias espalhadas por aí, e se depara com produtos que nem se lembrava mais, alguns deles até existem hoje, mas mudaram tanto que estão irreconhecíveis. Eis aqui alguns deles: