O dia em que o basquete do Brasil ganhou dos Estados Unidos
A partida entrou para a história do esporte nacional
Todo mundo sabe que o bicho papão do basquetebol mundial é a seleção dos Estados Unidos, o dream-team, como eles costumam chamar. Não é à toa. Lá o basquete é coisa muito séria, a liga americana, a NBA, é assistida no mundo todo com grande entusiasmo, e seus jogadores são ídolos não só dentro do território americano, como por todo o planeta. Mas eles não são imbatíveis.
A 10ª edição dos Jogos Panamericanos, realizada em Indianápolis, nos Estados Unidos em 1987, reservou uma surpresa inesperada para todo mundo, principalmente para os donos da casa. A seleção de basquete dos Estados Unidos nunca tinha perdido um jogo em casa, e coube a Oscar Schmidt e a seleção brasileira mudarem esta história na partida que definiria a medalha de ouro da competição.
O time do Brasil estava jogando bem na primeira metade do jogo, mas não o suficiente pra encarar a imbatível esquadra americana. Depois de virar o intervalo perdendo por 68 a 54, a seleção brasileira percebeu que o bicho papão não era tão feio quanto se pintava, e voltou com ainda mais garra, liderados pelo “Mão Santa” Oscar. Os cestinhas brasileiros foram buscar o resultado e acabaram vencendo os donos da casa por 120 a 115, uma vitória até hoje lembrada como um dos grandes momentos do esporte nacional, coroada no final com o choro contagiante de Oscar com a rede da cesta enrolada no pescoço.
Medalha de ouro para o Brasil no basquete masculino dos Jogos Panamericanos de 1987, lá nos Estados Unidos! Um resultado que coroou uma geração de bons jogadores brasileiros, nos tempos em que o basquete do Brasil também era respeitado mundialmente.
Assista a essa partida histórica na íntegra:
Oscar fala sobre aquele dia inesquecível