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Caindo aos pedaços: veja fotos da mansão de Clodovil em Ubatuba

Antigo oásis particular do estilista, casarão não interessa compradores devido às condições precárias

Por Maria Alice Prado
25 Maio 2021, 18h20
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  • Clodovil Hernandes foi uma das grandes figuras do entretenimento brasileiro. O estilista colecionava autenticidade e um dos retratos de sua essência se materializava no seu exuberante e antigo lar. Construída no alto de um morro da cidade de Ubatuba, no litoral de São Paulo, em 4,375 mil metros quadrados, a mansão de Clodovil foi cenário de festas, serviu de locação para seus programas e foi objeto de desejo de seus admiradores. Doze anos após sua morte, mergulhada em abandono, a antiga casa de Clodovil Hernandes agoniza em desuso.

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    A mansão era um oásis particular gigantesco. Em meio a uma área de preservação ambiental, tinha nove quartos, 12 banheiros, piscina, sauna, banheira de hidromassagem, lago, capela, além de cômodos com vista de tirar o fôlego para a Praia do Léo. Após a morte de Clodovil, em 2009, a residência nunca mais foi habitada. As depredações causadas pelo abandono foram duras com o espaço, que não atrai olhares de compradores há anos. 

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    Homem posa de branco em cima de uma casa que tem vista para o oceano
    Clodovil e sua mansão: uma das vistas para a praia (Acervo pessoal/Veja SP)

    O preço do imóvel, estimado inicialmente em R$ 1,5 milhão, já baixou 40%. O primeiro leilão foi em novembro de 2017. No segundo, em março de 2018, ninguém formulou um lance oficialmente. Em 2019, a mansão havia sido arrematada por cerca de R$ 750 mil. O comprador, contudo, desistiu da casa e pediu na Justiça todo o dinheiro de volta.

    Ex-deputado federal, eleito em 2007, Clodovil morreu no dia 17 março de 2009, em Brasília, após sofrer um acidente vascular cerebral e uma parada cardíaca. Os relatos são que os responsáveis por cuidar do espólio do falecido apresentador deixaram o imóvel abandonado. O local está tomado por infiltrações e mofo. Devido à situação, reformas ficam cada vez mais caras.

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    Interior de um imóvel vazio, sem pintar, com mofos e rachaduras nas paredes
    Imóvel abandonado e vazio (YouTube/Reprodução)

    O imóvel, que já teve parte demolida por estar em área de proteção ambiental, pode acabar sendo derrubado de vez. Além disso, a casa está construída em local isolado, com acesso limitado, o que dificulta as visitas de potenciais compradores.

    Casa abandonada em meio a árvores e plantas sem cuidados
    Mansão de Clodovil: abandonada desde sua morte (YouTube/Reprodução)

    Clodovil chegou a viver no local com seis empregados: um mordomo, uma arrumadeira, dois jardineiros, um segurança e uma pessoa que cuidava dos catorze cachorros da raça pug que ele possuía. Uma reportagem do UOL foi até o local conversar com uma ex-cozinheira do estilista, que trabalhou e morou com ele na mansão e depois em Brasília, até a sua morte. 

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    Renata Cândido Rodrigues afirma que a casa tinha salas exóticas, vaso sanitário ao ar livre com vista para o mar, passagens secretas, além de uma linda suíte. A casa onde a ex-funcionária morou fica  ao lado de um dos portões da mansão, entrada quase invisível devido à quantidade de mato. “Parece uma mansão fantasma”, disse à reportagem. 

    Interior de uma casa, com vão aberto para árvores, tem mofo nas paredes
    Espaço da casa com mofo nas paredes (YouTube/Divulgação)

    A casa não pode ser visitada sem autorização judicial. A advogada de Clodovil, Maria Hebe Queiroz, declarou logo após o falecimento do estilista que o também ex-parlamentar não tinha recursos financeiros em sua posse. “Ele não tinha nada, estava passando necessidade. (…) O Clodovil gastava muito, ele dizia que não tinha juízo. Ele sempre foi descontrolado”, falou ao G1.

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    Em busca da preservação do legado de Clodovil Hernandes, admiradores esperam que o poder público se mobilize para transformar o espaço em um local cultural em memória ao apresentador.

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