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Família Jafet comemora os 130 anos de sua imigração para o Brasil

Clã foi responsável por abrir empresas do setor têxtil na cidade de São Paulo e por iniciativas como o Hospital Sírio-Libanês

Por Mauricio Xavier [Com reportagem de Mariana Rosário]
Atualizado em 3 nov 2017, 06h00 - Publicado em 3 nov 2017, 06h00
A Mineração Geral, em Mogi das Cruzes (Arquivo Pessoal/Veja SP)
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No começo de outubro, cerca de 600 pessoas de sobrenome Jafet se reuniram no Clube Atlético Monte Líbano, na região do Ibirapuera, para comemorar os 130 anos da chegada do primeiro libanês da família ao Brasil. O evento contou com mini-shows de cantores — entre eles Roberta Jafet, que está em cartaz no teatro com a peça Les Misérables — e também com a exibição de uma árvore genealógica com mais de 1 200 descendentes.

Parte da reunião foi dedicada às lembranças da colaboração que o grupo deu a diversos setores da cidade de São Paulo, como cultura e saúde. Entre as principais ações figura o Hospital Sírio-Libanês, criado em 1921 por iniciativa de uma das matriarcas da linhagem, Adma Jafet, ao lado de outras mulheres da comunidade árabe.

Três clubes da capital também surgiram de projetos que tiveram a participação do clã, caso do próprio Monte Líbano, do Clube Atlético Ypiranga e do Esporte Clube Sírio.

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Entre os imigrantes libaneses, Ricardo Jafet despontou como precursor da indústria têxtil (Reprodução)

O grupo conseguiu se estabelecer e ganhar destaque por aqui por causa da aptidão para os negócios, em especial no ramo têxtil. Uma das primeiras lojas de que se tem notícia na Rua 25 de Março foi aberta em 1890 por Benjamin Jafet. Dezessete anos depois, integrantes da família iniciaram as operações da Fiação, Tecelagem e Estamparia Ypiranga Jafet, o ponto de partida do bairro hoje conhecido como Ipiranga.

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Grandes colecionadores de arte, eles também doaram peças de seu acervo pessoal ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). Em 1936, o grupo fundou a Mineração Geral do Brasil, em Mogi das Cruzes, a 57 quilômetros da capital, onde foram explorados minério de ferro e manganês. O negócio prosperou por quase três décadas e teve as portas fechadas em 1965.

O pioneirismo rendeu a esses imigrantes homenagens em nomes de vias paulistanas, como a Avenida Doutor Ricardo Jafet, na Zona Sul da cidade, e a Rua Cavalheiro Basílio Jafet, no centro.

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