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Coisas que fazíamos nos tempos das fitas K7

Rebobinar com caneta Bic, ficar horas ouvindo rádio para tentar gravar os sucessos e outros hábitos inimagináveis nos dias de hoje

Por Roosevelt Garcia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 4 ago 2017, 16h43 - Publicado em 4 ago 2017, 13h11
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  • Ah, nossas amadas fitas cassete, o verdadeiro sentido da liberdade! Comprávamos discos, é verdade, mas muitas vezes era só por causa de uma ou duas músicas. Com as fitas, era possível descartar as canções descartáveis e montar seleções musicais personalizadas, do jeitinho que a gente quisesse. Como diz o personagem principal do livro Alta Fidelidade, de Nick Hornby, fazer bem feito esse trabalho era quase uma ciência.  No meio da noite dos bailinhos dos anos 70 e 80 rolava a playlist da fita das “lentas”, sinal verde para esquentar o corpo a corpo  na pista de dança, um para cá, dois para lá, ao som de clássicos melosos das FMs da época. Perdia-se um tempo enorme calculando a sequência matadora de canções. Dava até pra gravar sucessos do rádio e, com um pouco de paciência, montar coletâneas incríveis. As novas gerações que ouvem músicas on-line (sim, muito mais prático) não sabem o prazer que dava todo esse trabalho e os perrengues que passávamos no processo de gravação e de manuseio dessas preciosidades. Alguns exemplos de como a coisa rolava (às vezes, enrolava feio, pior desastre que poderia acontecer):

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    Se você quisesse que suas músicas fossem gravadas com qualidade e durassem muito tempo, era fundamental uma boa marca de fitas. Existiam diversas no mercado, sem contar os tipos de substrato metálico, com ferro, cromo e metal.  As de metal eram as melhores e mais duráveis, mas nem todos os gravadores aceitavam esse tipo de fita.

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    Não adianta ter uma fita de excelente qualidade se o seu gravador não corresponde. Se você tinha um aparelho de som razoável, com certeza ele vinha com um bom tape deck, mas os aparelhos avulsos eram o que mais se destacavam. Eles evoluíram muito com o tempo. Os últimos modelos fabricados já vinham com contador digital e indicador de volume (vu) por leds, além de circuitos específicos para redução de ruído.

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    Quem tinha uma grande coleção de discos montava fitas com diversos temas, e assim dispunha de uma boa seleção pra ouvir conforme o seu humor pedisse. Rock, românticas, MPB, anos 60, tudo o que sua imaginação decidisse. Eu também tinha coletâneas de bandas, por exemplo, uma fita de Pink Floyd, uma de Genesis, uma de Yes etc.

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    Você podia montar as suas fitas fazendo coletâneas de seus próprios discos mas, se quisesse músicas diferentes, o jeito era gravar do rádio. Canções que estavam em evidência na época eram mais fáceis de ouvir e, portanto, podiam ser “capturadas”  mais facilmente. Consegue imaginar nos tempos de Spotify e YouTube alguém ficar horas com o ouvido colado no rádio esperando para ouvir e gravar “aquela” música?

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    Gravar do rádio tinha uma inconveniência: a exemplo do que ocorre hoje, os locutores invadiam a música para falar qualquer coisa, do prefixo da FM ao slogan do patrocinador. Muitas vezes, você gravava a música toda, e no finalzinho entrava o locutor. Aí dava vontade de jogar o rádio no chão!

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    Essa aqui era para um nível mais hard dos fãs do universo K7. Tinha gente que fazia capinhas personalizadas para cada fita, normalmente escritas e desenhadas à mão, já que computador pessoal ainda não existia naquela época. Os mais afoitos faziam até selos para a própria fita, colando uma imagem sobre o corpo dela.

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    Antes de os CDs mudarem a forma de a gente ouvir música na rua, as fitas cassete é que dominavam os walkmans e o toca-fitas do carro. Toda a seleção que montávamos ia com a gente, a pé ou sobre quatro rodas.

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    Tinha gente que tinha dois tape decks, ou então uns aparelhos que já vinham com dois compartimentos de fita, que serviam justamente para copiar o conteúdo de uma fita para outra. Mas, como o processo ser analógico, copiar as fitas gerava uma perda de qualidade enorme.

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    Gravadores e tocadores de fita tinham muitas partes mecânicas. Bastava um pequeno defeito em qualquer uma delas e a nossa fita tão preciosa enroscava e amassava toda. Isso quando não enganchava de tal forma no mecanismo que só dava pra tirar cortando um pedaço dela.

    (Reprodução)

     

    O modo mais simples de rebobinar uma fita, enquanto outra está no gravador! Uma brincadeira na internet tenta perguntar às novas gerações o que esses dois objetos têm em comum. Claro que só que presenciou isso é capaz de dizer!

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