Sessentão, Olido é um dos cinemas de rua mais antigos da cidade
Espaço foi inaugurado em dezembro de 1957
Em 13 de dezembro de 1957, homens engravatados e mulheres de salto e echarpe desfilavam pelo salão da Galeria Olido, na Avenida São João — à época uma das áreas mais nobres da cidade. Todos tinham o mesmo objetivo: assistir à estreia da bem-sucedida produção americana Tarde Demais para Esquecer, de Leo McCarey. Assim começava a história do Cine Olido, há sessenta anos.
Amplo, confortável e moderno, viria a fazer parte da lista de cinemas pertencentes ao empresário Paulo Sá Pinto. Um deles, o Marabá, de 1945, opera até hoje, sendo o mais antigo em atividade na capital. O segundo colocado nesse ranking da longevidade é o Olido, que viveu seus tempos áureos nas décadas de 60 e 70. “As pessoas iam bem-arrumadas para conferir em primeira mão longas de Hollywood”, conta André Sturm, secretário municipal da Cultura.
Em 1980, o espaço passou por uma reforma, com a transformação da sala única em três menores. O Olido encerrou suas atividades comerciais em 2001, até ser restaurado e reaberto pela prefeitura três anos depois. Desde 2016, faz parte do circuito público Spcine e exibe, em sua tela de 16 metros de largura, festivais e filmes estrangeiros independentes a preços populares, geralmente 4 reais.
Uma das salas foi transformada em um auditório para apresentações de dança e música. Por ano, o estabelecimento de 236 lugares recebe cerca de 20 000 pessoas.
Informações de Antonio Ricardo Soriano, do blog Salas de Cinema de São Paulo.