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Memória

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Uma viagem no tempo às décadas passadas por meio de suas histórias, costumes e curiosidades.

Antes do Google e da Wikipédia – as enciclopédias do passado

Em volumes completos ou fascículos, era assim que se fazia pesquisa antigamente

Por Roosevelt Garcia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 10 jul 2017, 14h36 - Publicado em 10 jul 2017, 14h35
 (Reprodução/)
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Pesquisar nunca foi tão fácil. Qualquer pessoa pode acessar qualquer área de conhecimento em qualquer parte do mundo que tenha uma conexão de internet. Isso facilitou demais a vida dos estudantes, mas tem um efeito colateral: ninguém mais se importa em aprender nada, já que pode pesquisar o que quiser a qualquer hora, e ter a resposta na ponta da língua… ou melhor, na ponta dos dedos.

Mas, há poucas décadas, isso era um pouco mais difícil. Qualquer trabalho escolar exigia uma visita a uma biblioteca, horas e horas de pesquisa e depois, tudo escrito a mão, geralmente numa folha de papel almaço, com fotos coladas no capricho e capas bem produzidas, como se isso fosse representar algum incremento na nota. O que importava, e ninguém nos avisava, era o conteúdo. Claro que esse processo de pesquisar, copiar, escrever a mão, e por vezes apresentar o trabalho em sala de aula, fixava melhor o conhecimento em nossas mentes.

Para facilitar a vida dos estudantes daquela época, existiam as enciclopédias: coleções de livros enormes, geralmente abrangendo uma grande gama de conhecimentos gerais, com assuntos que poderiam ser pesquisados por um índice em ordem alfabética. Grandes coleções com diversos volumes, e geralmente caríssimas, eram privilégio de poucos. A maioria tinha mesmo que ir a uma biblioteca.

Com o tempo, surgiram as enciclopédias em fascículos comprados em bancas de jornal. Toda semana um novo fascículo, que depois, juntos, formariam um volume de capa dura, e com o tempo, diversos volumes formariam a enciclopédia completa. A um custo geralmente acessível, as “enciclopédias de banca” permitiram que uma parcela muito maior de estudantes tivesse acesso a esse tipo de publicação, mesmo que demorasse anos até formar sua coleção completa.

E, sendo em fascículos, dava pra lançar enciclopédias específicas sobre algum assunto, e não só aquelas sobre conhecimentos gerais. Assim, tínhamos livros sobre ciência, animais, tecnologia, medicina e até educação sexual. Relembre algumas dessas publicações, desde as enciclopédias completas vendidas de porta em porta, como também aquelas lançadas em banca, que ajudaram muito os estudantes da época, e que hoje são verdadeiras peças de colecionador.

• Barsa
Lançada em 1964, foi a primeira enciclopédia feita especialmente para o Brasil. Seus dezesseis volumes se tornaram uma referência em conhecimentos gerais, e até hoje, agora em dezoito volumes, pode ser encontrada na versão clássica, e também na internet.

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• Larousse Cultural
Criada na França em 1964, a Grande Enciclopédia Larousse Cultural foi publicada pela Editora Abril em 1998, vendida em fascículos aos domingos, em conjunto com os jornais Folha de S. Paulo e O Globo. É um dicionário enciclopédico, com verbetes bem resumidos sobre conhecimentos gerais.

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(Reprodução)

 

• Enciclopédia Disney
Feita para crianças, com personagens dos quadrinhos Disney ensinando sobre diversos assuntos. Era lançada em fascículos semanais que no final formavam nove volumes ricamente ilustrados e um dicionário inglês-português, que também trazia algumas histórias em quadrinhos em inglês.

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(Reprodução)

 

• Conhecer
Lançada pela primeira vez em 1966, é uma das enciclopédias mais conhecidas do Brasil. Seus fascículos formavam quinze volumes de conhecimentos gerais direcionados ao ensino de primeiro e segundo graus.

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(Reprodução)

 

• Ciência Ilustrada
Enciclopédia em fascículos focada especialmente em ciência, abrangendo química, física, biologia, astronomia e até os últimos avanços da tecnologia. Os fascículos semanais, depois de encadernados, formavam onze volumes e mais dois volumes especiais sobre a história da natureza.

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• Como Funciona
Os fascículos semanais formavam uma coleção de seis volumes com explicações em infográficos sobre o funcionamento de máquinas, aparelhos eletrônicos e mecânica em geral.

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(Reprodução)
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• Enciclopédia do Estudante
Lançada em 1974, esta enciclopédia era vendida já encadernada nas bancas de jornal. A coleção toda era formada por dezoito volumes, e seu conteúdo, como o próprio nome diz, era destinado a pesquisas escolares.

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(Reprodução)

 

• Medicina e Saúde
Lançada pela primeira vez em 1969, esta enciclopédia vendida em fascículos formava dez volumes quando encadernada. Os primeiros seis volumes traziam tópicos sobre doenças e tratamentos em geral, e os quatro volumes adicionais eram guias de primeiros socorros.

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(Reprodução)

 

• Vida Íntima
Lançada no início dos anos 80, a Enciclopédia do Amor e do Sexo trazia em seus fascículos informações sobre sexo, vida a dois, cuidados e higiene, e até técnicas de como apimentar o relacionamento. A coleção completa formava 3 volumes encadernados, mais dois volumes especiais chamados Dicionário da Vida Sexual.

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(Reprodução)

 

• Os Bichos
Lançada pela Abril pela primeira vez em 1970, trazia informações sobre toda a fauna do planeta, com belíssimas ilustrações e dados sobre cada animal. A coleção completa formava quatro volumes e mais um especial, dedicado à evolução dos animais.

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(Reprodução)

 

 

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