Filha de Eunice e Rubens Paiva diz o que achou de ‘Ainda Estou Aqui’
Em participação no Altas Horas, a primogênita Vera disse que tem vontade de chamar Fernanda Torres de mãe
A psicóloga e professora Vera Paiva, primogênita de Eunice e Rubens Paiva, participou do Altas Horas, da TV Globo, no sábado (23) e compartilhou com o público sua opinião sobre Ainda Estou Aqui. O filme conta a história do desaparecimento e assassinato do pai durante a ditadura, em 1971, e a luta da mãe contra o regime militar.
“Você se sentiu bem retratada no filme?”, perguntou o apresentador Serginho Groisman. “Me senti”, respondeu a docente da USP.
A filha mais velha do casal pontuou que se trata de um recorte, por ter sido inspirado no livro homônimo do irmão escritor, Marcelo Rubens Paiva, que foi bem-sucedido. “É difícil, porque é a imagem do Marcelo, claro. Sou eu, somos nós, mas na perspectiva dele, de um lado, encarnados por atores e atrizes maravilhosos e uma direção delicadíssima do Walter [Salles]”, disse.
Vera, ou Veroca, como é apelidada pelos irmãos, ainda elogiou a performance espetacular de Fernanda Torres. “Sempre falo que tenho vontade de chamar a Fernanda [Torres] de ‘mamãe’. Porque ela realmente encarnou total”, brincou.
A produção do Globoplay acumula 31 milhões em vendas de ingressos e 1,5 milhões de espectadores. Com duas semanas de exibição, já é a quarta maior bilheteria de um filme nacional pós pandemia. É o representante, eleito pela Academia Brasileira de Cinema, para disputar uma vaga na categoria de melhor filme internacional no Oscar.
História real de Ainda Estou Aqui
O longa narra a história real de Eunice Paiva, mãe do escritor Marcelo Rubens Paiva, interpretada por Fernanda Torres e Fernanda Montenegro em diferentes idades. Após o desaparecimento do marido, Rubens (Selton Mello), durante a ditadura, ela virou um símbolo da luta contra o regime militar. A inspiração veio do livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva sobre a história dos pais.