‘Pacto de Redenção’ reúne Michael Keaton e Al Pacino em suspense
Com Keaton também na direção, filme apresenta assassino de aluguel diagnosticado com perda de memória
O suspense Pacto de Redenção, em cartaz nos cinemas, é um filme denso e difícil de assistir. Michael Keaton dirige e estrela o longa no papel de John Knox, um assassino de aluguel que recebe o diagnóstico de uma doença rara, um tipo de demência que avança rapidamente e compromete sua memória por completo.
Repentinamente, ele recebe a visita do filho, Miles (James Marsden), que não via há anos. O motivo é um pedido de ajuda ao pai para encobrir um crime. O protagonista vê a aproximação como uma oportunidade de se redimir da ausência, mas a situação sai do controle quando ele precisa conciliar problemas pessoais e os truques da própria mente.
Em paralelo, uma operação da polícia suspeita da sua atuação. Ele tem apenas semanas para resolver essas pendências. Para isso, conta com a ajuda do velho amigo Xavier (Al Pacino). John é uma espécie de anti-herói, inteligente, contido e minucioso.
A demência manifesta-se de forma sorrateira, deixando o espectador se questionando em que nível está. É o roteiro, por vezes repetitivo, que reforça a presença da doença — e peca ao falar em vez de mostrar. O longa não tem pressa ao apresentar a sucessão de fatos e a sensação ao final é que as semanas duraram meses.
Nada disso impediu que Keaton tivesse um desempenho excepcional, sem exageros, e se firmasse como o verdadeiro trunfo da obra.
NOTA: ★★★☆☆
Publicado em VEJA São Paulo de 27 de setembro de 2024, edição nº 2912