Diretor de ‘Ritas’ revela faces de Rita Lee que inspiram documentário
Oswaldo Santana fala sobre a definição de um recorte da vida da artista paulistana, o contato com a família e o papel da música

Com direção de Oswaldo Santana, Ritas apresenta entrevistas da artista ao longo da carreira, incluindo a última que concedeu, inédita.
Imagens do arquivo pessoal da artista, como apresentações e referências, também podem ser vistas pela primeira vez.
Confira a seguir trechos da entrevista com o diretor sobre o processo de produção, com a definição de um recorte, as faces de Rita, o contato com a família e o papel da música.

Que relação pessoal tinha com Rita Lee antes do projeto? Como definiu o recorte?
Era uma relação de fã. A Rita foi muito importante para muitas gerações, em muitos temas. Fui muito influenciado por ela desde a infância e cada vez mais. E quando se fala dela, você tem muitos campos para se aprofundar. Achamos interessante revelar essa pluralidade e genialidade como compositora e intérprete, mas também como mãe, artista plástica, atriz e ativista.
Como foi o contato com a família de Rita durante a produção?
A “FamiLee”, como eu costumo me referir a eles, foi sempre muito generosa e participativa durante todos os processos. A gente ia dividindo com eles a cada etapa importante. E são muitas etapas. Documentário é um processo vivo. Começamos em 2018 e viemos juntos até agora, com o lançamento.
Qual é o papel da música no filme? Teve alguma canção ou imagem boa que ficou fora do corte final?
A seleção de músicas partiu de dois princípios. Primeiro, é a mensagem que a música está passando, segundo, a emoção que a pessoa vai ter, as lembranças com essa música. São muitos hits, então cada pessoa tem uma carga emocional. Tiveram várias imagens que ficaram de fora. A Rita tem um vasto acervo. Ela lidou sempre muito bem com a mídia, era uma artista midiática, desde sempre. Sempre com essa sua pluralidade, que é o nosso recorte.
Publicado em VEJA São Paulo de 23 de maio de 2025, edição nº 2945