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Filmes e Séries - Por Mattheus Goto

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‘Homem com H’: cinebiografia mergulha no inconsciente e no mistério de Ney

Vocalista do Secos & Molhados é cuidadosamente interpretado por Jesuíta Barbosa, sob direção de de Esmir Filho

Por Mattheus Goto
8 Maio 2025, 13h06
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Afetos de Ney: relação com família e amores, como Cazuza e Marco de Maria, em pauta (Marina Vancini/Divulgação)
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Há uma série de atributos que fazem de “Homem com H” uma das grandes promessas de sucesso do cinema nacional neste ano. Para começar, cinebiografias musicais costumam ir bem de bilheteria, e esta tem como foco um artista sublime e especial: Ney Matogrosso. O cantor de 83 anos de Bela Vista, Mato Grosso do Sul, marcou gerações com voz e performances extraordinárias. Cinquenta anos depois da estreia na música, ele segue firme repercutindo e movimentando a cultura do país, com apelo a diversos públicos.

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(Marina Vancini/Divulgação)

O filme de Esmir Filho reconta a vida do ícone a partir da infância. As primeiras cenas mostram um pequeno Ney em meio à floresta, em contato com árvores e bichos. A tranquilidade da conexão é logo perturbada por agressões dentro de casa, sem nem um motivo aparente. O pai mandava “virar homem” e falava que não teria filho artista. Com o tempo e a maturidade, ele vira um jovem adulto, interpretado com tremendo esmero por Jesuíta Barbosa, e dá um basta no autoritarismo. Sai de casa e inicia-se então uma jornada para se provar ao pai e ao mundo. Acompanhamos a descoberta da voz, o início de carreira com o Secos & Molhados e o inevitável estopim da fama. Em paralelo, surgem os amores, como Cazuza (Jullio Reis) e Marco de Maria (Bruno Montaleone), e a trágica epidemia de HIV nos anos 80.

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(Marina Vancini/Divulgação)

O final reforça a noção de que Ney é uma força ancestral e visceral e sua trajetória é uma alegoria inigualável da potência da cultura brasileira. O diretor captou com precisão essa perspectiva e buscou mergulhar nas águas do inconsciente e no mistério da figura emblemática. As músicas do cantor estruturam o roteiro e funcionam como engrenagem narrativa. Jesuíta entrega um trabalho esplêndido, com uma preparação de corpo e voz perceptivelmente cuidadosa. A direção de arte e a fotografia dançam com o ator em um balé de glória a Ney.

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(Marina Vancini/Divulgação)

Publicado em VEJA São Paulo de 9 de maio de 2025, edição nº2943.

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