‘Foi Apenas um Acidente’ equilibra dor e humor com história urgente
Grande concorrente de ‘O Agente Secreto’ no Oscar, filme tem direção do iraniano Jafar Panahi, que acaba de ter condenação decretada pelo governo do país
O vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes deste ano equilibra dor e humor com total naturalidade. Foi Apenas um Acidente é um fruto da mente do cineasta iraniano Jafar Panahi, que já foi preso por apoiar protestos contra o governo do seu país e foi condenado novamente, no início desta semana, por “atividades de propaganda contra o regime”.
A notícia reforça a urgência da história, que parte da experiência pessoal de Panahi na prisão e reflete, com delicadeza e sutileza, sobre vingança e moral. O acidente do título pode parecer simples, mas representa muito dentro do filme.
Certa noite, um homem chamado Eghbal (Ebrahim Azizi) está dirigindo com a esposa grávida e a filha quando atropela e mata um cachorro. A frieza do sujeito chama atenção quando ele minimiza a morte do animal. O impacto danifica o motor do veículo e obriga-o a ir em um mecânico buscar uma solução.
No entanto, o dono do estabelecimento Vahid (Vahid Mobasseri) nota que Eghbal se parece muito com o policial que o torturou na prisão e arruinou sua vida. Então, sequestra-o e, com a ajuda de conhecidos que sofreram a mesma tortura, tenta decidir o que fazer com ele. Atordoados pela lembrança da dor, eles se deparam com a própria inexperiência na ação e se questionam sobre o que é certo.
O público vive essas trapalhadas com os personagens, muito bem construídos. O diretor dá uma aula indispensável de cinema, com uma visão humana e um relato necessário.
NOTA: ★★★★☆
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