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Filmes e Séries - Por Mattheus Goto

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‘Foi Apenas um Acidente’ equilibra dor e humor com história urgente

Grande concorrente de ‘O Agente Secreto’ no Oscar, filme tem direção do iraniano Jafar Panahi, que acaba de ter condenação decretada pelo governo do país

Por Mattheus Goto
Atualizado em 4 dez 2025, 16h43 - Publicado em 4 dez 2025, 08h00
Vítimas de regime autoritário: dúvidas sobre o que fazer com torturador
Vítimas de regime autoritário: dúvidas sobre o que fazer com torturador (Les Films Pelleas/Divulgação)
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O vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes deste ano equilibra dor e humor com total naturalidade. Foi Apenas um Acidente é um fruto da mente do cineasta iraniano Jafar Panahi, que já foi preso por apoiar protestos contra o governo do seu país e foi condenado novamente, no início desta semana, por “atividades de propaganda contra o regime”.

A notícia reforça a urgência da história, que parte da experiência pessoal de Panahi na prisão e reflete, com delicadeza e sutileza, sobre vingança e moral. O acidente do título pode parecer simples, mas representa muito dentro do filme.

Certa noite, um homem chamado Eghbal (Ebrahim Azizi) está dirigindo com a esposa grávida e a filha quando atropela e mata um cachorro. A frieza do sujeito chama atenção quando ele minimiza a morte do animal. O impacto danifica o motor do veículo e obriga-o a ir em um mecânico buscar uma solução.

No entanto, o dono do estabelecimento Vahid (Vahid Mobasseri) nota que Eghbal se parece muito com o policial que o torturou na prisão e arruinou sua vida. Então, sequestra-o e, com a ajuda de conhecidos que sofreram a mesma tortura, tenta decidir o que fazer com ele. Atordoados pela lembrança da dor, eles se deparam com a própria inexperiência na ação e se questionam sobre o que é certo.

O público vive essas trapalhadas com os personagens, muito bem construídos. O diretor dá uma aula indispensável de cinema, com uma visão humana e um relato necessário.

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NOTA: ★★★★☆

 

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