Dezessete anos depois, ‘Estômago II: O Poderoso Chef’ mantém a receita
A essência da franquia segue sendo comida e poder
Dezessete anos depois de Estômago (2007) virar um clássico cult do cinema brasileiro, Estômago II: O Poderoso Chef tem o mesmo modo de preparo que fez do prato anterior um sucesso, mas o ingrediente principal é diferente.
O original conta a história de Raimundo Nonato (João Miguel), sujeito recém-chegado a São Paulo, que começa a trabalhar como faxineiro em um bar, mas logo descobre seus dotes culinários e é contratado por um restaurante italiano. O novo filme salta quinze anos e o protagonista torna-se chef na prisão. No entanto, o foco da história é Roberto (Nicola Siri), um ator em decadência que é preso em meio a um esquema da máfia siciliana e passa a ser chamado de Don Caroglio. Ele vive uma rivalidade com o já conhecido Etcétera (Paulo Miklos), líder dos detentos. Embora seja o narrador, Nonato é uma mera peça no xadrez de poder na penitenciária.
Por um lado, é uma forma de refrescar o enredo mantendo a mesma receita, mas frustra as expectativas ao deixar sua verdadeira estrela de lado.
NOTA: ★★★☆☆
Publicado em VEJA São Paulo de 30 de agosto de 2024, edição nº 2908