Documentário sobre Edy Star homenageia ícone carismático com devida honra
Diretor Fernando de Moraes retrata vida do cantor baiano com performances, vídeos antigos e entrevistas com nomes como Caetano Veloso
Expoente da contracultura nos anos 70, o cantor e compositor baiano Edivaldo Souza, 86, mais conhecido como Edy Star, é celebrado em Antes Que Me Esqueçam, Meu Nome é Edy Star, de Fernando Moraes, em cartaz nos cinemas.
A lenda carismática conquista o público em cinco minutos de documentário, que o descreve bem, quando palavras mal conseguem. Quem dá uma definição digna é Caetano Veloso: “Um pioneiro e um libertador”.
O depoimento do músico e amigo soma-se ao de tantos outros colegas de trabalho e admiradores e do próprio Edy, reunidos ao longo de dez anos. Há performances em estúdio, vídeos e imagens de arquivo e visitas a locais importantes na sua trajetória.
Chama atenção a sinceridade entre o artista e Moraes. “Depois de duas tentativas de suicídio e um câncer, tudo é lucro”, diz Edy. A direção navega com tranquilidade por meio de tópicos delicados.
O ícone ainda faz uma “queixa” à produção: “Não gosto desse título, acho pretensioso. Que me esqueçam! Eu quero tudo nesta vida que tenho agora. Depois que eu morrer, se vão se lembrar de mim ou não, eu não estou nem aí”.
NOTA: ★★★☆☆
Publicado em VEJA São Paulo de 29 de novembro de 2024, edição nº 2921