Em ‘Armadilha’, M. Night Shyamalan exibe criatividade, mas insiste no erro
Filme é melhor que os lançamentos anteriores do diretor, mesmo que ainda extrapole na condução
Depois dos terríveis Tempo (2021) e Batem à Porta (2023), M. Night Shyamalan tenta se redimir em Armadilha.
O controverso cineasta indiano mostra sua criatividade e ótimo controle sobre campo e extracampo (elementos fora do quadro), mas insiste no erro dos projetos recentes e extrapola na condução das ideias.
Cooper (Josh Hartnett) leva a filha Riley (Ariel Donoghue) para um show da artista pop Lady Raven (Saleka Shyamalan, filha do diretor). Lá, descobre que o evento é uma armadilha para capturar um serial killer, que na verdade é ele mesmo. Acompanhamos as tentativas de fuga do sujeito.
Em geral, é melhor que os anteriores, por não se render cegamente ao absurdo e pelo desempenho de Hartnett.
Nota-se o esforço do diretor em lançar as filhas no mercado — Ishana estreou como diretora neste ano, com o pai como produtor.
NOTA: ★★★☆☆
Publicado em VEJA São Paulo de 16 de agosto de 2024, edição nº 2906