‘A Grande Fuga’ conta história real da última aventura de veterano de guerra
Filme dirigido por Oliver Parker tem Michael Caine e Glenda Jackson (1936-2023) no elenco, expressando seu amor pelo cinema
!["Herói da vida real": Michael Caine é Bernard Jordan](https://vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2024/06/A-GRANDE-FUGA-EXTRA-1-Credito-Divulgacao.jpg.jpg?quality=70&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
O tempo, a guerra, a culpa e a morte. Assuntos complexos e frequentemente difíceis de serem tratados são abordados com leveza em A Grande Fuga, em cartaz nos cinemas.
O filme dirigido por Oliver Parker se inspira numa história real, a de Bernard Jordan, um veterano da Segunda Guerra Mundial que, aos 89 anos, fugiu de sua casa de repouso em Hove, Inglaterra, rumo a Normandia, na França, para celebrar o 70º aniversário do Dia D.
Na ocasião, o intuito era prestar homenagem aos companheiros de guerra, mas também celebrar o aniversário de 60 anos de casamento com a esposa Rene. A aventura durou apenas 48 horas, mas foi suficiente para torná-lo notícia e um “verdadeiro herói” pelo mundo.
![A GRANDE FUGA 3 Crédito Divulgação.jpg Flashbacks da guerra](https://vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2024/06/A-GRANDE-FUGA-3-Credito-Divulgacao.jpg.jpg?quality=70&strip=info&w=650)
![A GRANDE FUGA 2 Crédito Divulgação.jpg Rene (à dir.) espera o retorno de Bernie na casa de repouso](https://vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2024/06/A-GRANDE-FUGA-2-Credito-Divulgacao.jpg.jpg?quality=70&strip=info&w=650)
A missão honrosa de transportar essa figura emblemática para as telonas foi assumida por Michael Caine. O ator britânico, de 91 anos, com uma carreira igualmente epopeica, era a escolha perfeita para o papel. Até então aposentado, ele pensou em recusar o trabalho, mas aceitou quando soube de uma cena entre o protagonista e um grupo de alemães — um encontro de antigos rivais, deixando para trás as diferenças.
Os sentimentos de humanidade e de reconciliação com o passado predominam no filme. Juntam-se a eles as reflexões sobre a idade e o amor. igualmente certeira foi a escalação de Glenda Jackson (1936-2023) como Rene, em seu último papel no cinema.
A presença dos dois talentos, vencedores do Oscar, é um presente para o espectador. Com histórias inspiradoras, eles manifestam sua gratidão à cinematografia. O roteiro e a fotografia acompanham as notas dessa sinfonia saudosista e emocionante.
NOTA: ★★★☆☆
Publicado em VEJA São Paulo de 28 de junho de 2024, edição nº 2899