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Vinho e Algo Mais

Por Por Marcelo Copello Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Especialista na bebida, Marcelo Copello foi colunista de Veja Rio. Sua longa trajetória como escritor do tema inclui publicações como a extinta Gazeta Mercantil e livros, entre eles "Vinho e Algo Mais" e "Os Sabores do Douro e do Minho", pelo qual concorreu ao prêmio Jabuti

Malbec e tango: semelhanças entre o vinho e a dança na cultura argentina

Ambos refletem a paixão, a tradição e a identidade única do país vizinho

Por Marcelo Copello
9 jan 2025, 20h00
Taças de vinho e garrafa
Tango e malbec: ambos refletem a paixão e tradição argentina (Freepik/Divulgação)
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Assim como o tango, o malbec tornou-se central na cultura da Argentina — ambos refletem paixão e complexidade.

Reconhecido como patrimônio imaterial pela Unesco em 2009, o tango resulta de influências espanholas, cubanas e africanas, com parentescos com a habanera e a polca. Tem até um dia dele, o 11 de dezembro, aniversário de Carlos Gardel, ícone que consolidou esse estilo musical e dança como símbolo argentino.

O escritor Jorge Luis Borges afirmou que o tango só poderia ter nascido em Buenos Aires e Montevidéu, surgindo entre 1880 e 1890 nos cabarés dessas cidades. Com compasso binário e ritmo sincopado, o estilo é intenso e melancólico, abordando amores perdidos e dores profundas. Para Borges, evoca uma bravura heroica e uma masculinidade controlada.

A uva malbec, originária do sudoeste da França, encontrou na Argentina o clima ideal para prosperar, desenvolvendo cores profundas e aromas de frutas escuras e violeta. Lá, floresceu como ícone autêntico. Ambos evoluíram preservando raízes.

O tango modernizou-se com Astor Piazzolla, que incorporou jazz e música clássica, enquanto o malbec revelou novas nuances, explorando variados terroirs e altitudes. Piazzolla revolucionou o tango, e o malbec alcançou mercados globais, mantendo a identidade.

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Celebrar o tango é reconhecer essa evolução, onde tradição e modernidade coexistem — tanto o tango como o malbec são expressões únicas da cultura argentina.

Confira dois vinhos para provar: 

Casa Selvaggio Malbec Vino Orgânico 2023
Aroma fresco e frutado, com notas de frutas vermelhas, alguns herbáceos e florais. Paladar de médio corpo, 14% de álcool, macio, fácil de beber. R$ 129,90, na Evino. 

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Santa Irene Malbec Vino Orgânico 2022 
Notas de frutas negras, violeta e balsâmicas no aroma. De leve a médio corpo, 13,7% de álcool, taninos e acidez moderados, pronto para beber. R$ 99,90, na Evino.

Publicado em VEJA São Paulo de 10 de janeiro de 2025, edição nº 2926.

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