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Vinho e Algo Mais

Por Por Marcelo Copello Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Especialista na bebida, Marcelo Copello foi colunista de Veja Rio. Sua longa trajetória como escritor do tema inclui publicações como a extinta Gazeta Mercantil e livros, entre eles "Vinho e Algo Mais" e "Os Sabores do Douro e do Minho", pelo qual concorreu ao prêmio Jabuti

Chopin e champanhe: as semelhanças entre o compositor e a bebida

Saiba por que o músico polonês e o líquido francês são ao mesmo tempo populares e clássicos, simples e sofisticados

Por Marcelo Copello
19 dez 2024, 18h00
Bebida sendo colocada em taça
Espumantes: época do ano em que a bebida explode em consumo (Elva Etienne/Getty Images)
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Em uma época do ano em que os espumantes explodem em consumo, me permito traçar analogias entre meu compositor e vinho favoritos: Chopin & Champanhe.

O músico polonês partilha de vários traços semelhantes com a bebida francesa. São ao mesmo tempo populares e clássicos, simples e sofisticados. Ambos são essencialmente delicados, diretos, emocionais, sinceros e transcendem tecnicalidades.

A elegância de Frédéric François Chopin (1810-1948) era notória. Alto e magro como uma flûte, com suave gestual ao tocar, vestir impecável, educação refinada e ligação com a nobreza, criou uma imagem de dândi em harmonia com sua música.

A indústria do champanhe sempre cultivou atitude semelhante: apresentação impecável, associação à aristocracia e uma imagem de bom gosto consonante com o conteúdo das garrafas.

Assim como a criação do champanhe só foi viável graças à produção de garrafas de vidro mais grosso, as composições de Chopin só se tornaram possíveis depois que em 1821 Sébastien Érard lançou um novo modelo de piano, com pedais e “escapamento duplo” (que permitia notas repetidas de forma ágil). Chopin foi o primeiro a produzir música realmente feita para os recursos do piano, ao invés de tentar tirar dele uma sonoridade orquestral.

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O mesmo se dá com o champagne, que só alcançou sua grandeza quando os vinhateiros da região desistiram de produzir vinho tinto e dedicaram-se a fazem um blanc de noir com borbulhas.

Duas garrafas com fundo branco
Rótulos: opções de champanhe (Divulgação/Divulgação)

Champagne Charles Collin Classique Brut.
Elaborado com chardonnay e pinot noir, com três anos em sur lie. Dourado claro, perlage abundante. Aroma fresco e frutado, com notas de maçã, pera, abacaxi, fermento, manteiga. Paladar leve, de acidez alta, refrescante. R$ 449,90, na Evino.

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Champagne Veuve A. Devaux Cuvée Rosée.
Do produtor Devaux, com 80% pinot noir da região Côtes de Bar, especializada em uvas tintas, e 20% de chardonnay. Fica, no mínimo, três anos com as borras. Rosa claro, aroma de morango. Paladar seco e firme, acidez marcante, boa cremosidade. Tem potencial de guarda. R$ 799,90, na Grand Cru.

Publicado em VEJA São Paulo de 20 de dezembro de 2024, edição nº 2924.

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